Economia

Litoral norte alagoano tem 130 quilômetros de praias

Região é rica em rios, manguezais e as mais belas piscinas naturais do Nordeste, além das maiores barreiras de corais do mundo

Por Claudio Bulgarelli – Sucursal Região Norte 20/02/2021 08h53
Litoral norte alagoano tem 130 quilômetros de praias
Reprodução - Foto: Assessoria
O litoral norte de Alagoas é um roteiro que tem tudo a ver com qualquer época do ano. Claro que desfrutar da estação mais quente do ano nas praias é um privilégio, ainda mais se o destino escolhido forem os balneários do Litoral Norte, região que possui, a poucos quilômetros da costa, uma das maiores barreiras de corais do mundo. A extensa quilometragem possui atrativos turísticos de encher os olhos de qualquer um, com um conjunto de praias, rios, manguezais e piscinas naturais dignas de cartão postal. Em Paripueira vale explorar, com paradas demoradas para banho de mar e contemplação, as praias de Costa Brava, o rio e a praia de Sonho Verde. Para quem busca um pouco mais dos atrativos, as piscinas naturais de Paripueira são um convite à contemplação e ao mergulho. Lá, além das formações de corais é possível mergulhar ao lado de cardumes de pequenos peixes e outras espécies marinhas. Localizadas a 2 km da praia o passeio até as piscinas naturais é feito de catamarã ou de lancha. As piscinas fazem parte do Parque Marinho Municipal e tem mais de seis quilômetros de extensão. Águas cristalinas, prática de snorkel e grande diversidade de peixes, corais e espécies marinhas são os ingredientes do passeio. Na Barra de Santo Antônio, para se chegar ao mar, é preciso atravessar a ponte até a península conhecida como Ilha da Croa. De lá o visitante tem a opção de desfrutar de um dos trechos da praia local ou seguir de carro até a famosa Praia de Carro Quebrado, passeio que deve ser feito em maré baixa, mas somente a pé, já que veículos são proibidos. Considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, Carro Quebrado conquista pelo conjunto de falésias com areias coloridas e mar em tom esverdeado. Apesar da dificuldade do acesso, Carro Quebrado é um lugar que o sacrifício já compensa no trajeto, devido às belezas naturais que acompanham o visitante a cada passo. Já na famosa Rota Ecológica, passando pelos municípios históricos de Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras, é um trecho inicial de colinas, ideal para o turismo rural e depois rios, manguezais, as pousadas de charme, o santuário do peixe boi marinho, as igrejas seculares e praias que ocupam lugar de destaque no cenário do turismo nacional, como a do Toque e a do Patacho. Enfim a 85 km da capital se chega ao coração da rota e a cidade que empresta um dos seus nomes a esse famoso trecho do litoral alagoano. São Miguel dos Milagres, considerada a capital da Rota Ecológica, é o principal município desse trecho também denominado de Rota de Charme do Litoral Norte. Essa antiga vila de pescadores se transformou nos últimos 10 anos em um destino de requinte. Com paisagem bucólica formada por praias pouco frequentadas de águas mornas e imensas faixas de coqueirais, a cidade, com aspecto de povoado, possui ritmo lento, tranquilo e excelentes pousadas, muitas de nível internacional. Para completar e fechar a Rota Ecológica se chega a Porto de Pedras. Logo de cara o imenso farol no alto do morro dá as boas vindas a quem chega à cidade. Dividido entre o mar e o Rio Manguaba, o lugar que possui construções históricas da época da ocupação portuguesa e holandesa em Alagoas, é conhecida também como a cidade santuário do peixe-boi marinho, que fica no povoado de Tatuamunha. Bonita por natureza, Porto de Pedras abriga praias dignas de cartão postal, a exemplo de Patacho e Lage. Outro ponto que vale ser visitado por quem está na região é o povoado Tatuamunha, com casarios históricos e onde é possível fazer o famoso passeio em jangada pelo rio com os jangadeiros da Associação dos Observadores do Peixe Boi. O passeio inclui andar pela ponte de madeira, apreciar imensos manguezais preservados e talvez até encontrar os donos do lugar, os peixes-boi, cada vez mais arredios pelo excesso de embarcações no rio.