Economia

Ibovespa fecha 1º pregão de 2021 em queda após renovar recorde

Na mínima da sessão, Ibovespa chegou a 118.061,77 pontos

Por Reuters 04/01/2021 18h00
Ibovespa fecha 1º pregão de 2021 em queda após renovar recorde
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou com uma queda discreta o primeiro pregão do ano, novamente sem conseguir se sustentar acima dos 120 mil pontos, patamar que superou mais cedo ao bater recorde intradia, com as perdas em Nova York ditando um ajuste. Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa terminou esta segunda-feira com baixa de 0,14%, a 118.854,71 pontos. O volume financeiro somou 30,3 bilhões de reais. Antes dos primeiros quinze minutos de pregão, o Ibovespa bateu 120.353,81 pontos, na esteira do otimismo com a vacinação contra a Covid-19 no exterior e um ambiente de expressivos estímulos monetários no mundo todo. A deterioração em Nova York, porém, mudou tudo. O Dow Jones e o S&P 500 chegaram a renovar máximas na abertura, mas receios sobre o desfecho das eleições na Geórgia esta semana abriram espaço para uma correção em Wall St. O persistente crescimento de casos de coronavírus nos EUA também minou o apetite por risco, em um contexto de receios sobre novas medidas de restrição para frear a disseminação da doença e seus efeitos na recuperação das economias. Na Europa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou um novo lockdown nacional na Inglaterra por causa da Covid-19. O estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, também citou “posição técnica ruim” e os “valuations esticados” para explicar a queda nas bolsas. “Era tudo o que o mercado precisava para uma correção”, afirmou no Twitter. Na mínima da sessão, o Ibovespa chegou a 118.061,77 pontos. As perspectivas para 2021, porém, continuam favoráveis para a bolsa brasileira, com estrategistas do Itaú BBA apostando em um cenário mais favorável para os mercados emergentes. Entre as motivações para tal prognósticos, Fabio Perina e equipe citam a recuperação econômica global, menores riscos de políticas econômicas nos EUA, onde o banco central tem viés estimulativo.