Economia

Ibovespa fecha outubro em queda com avanço de Covid-19 e eleição nos EUA

Comportamento dos preços no país também voltou ao radar

Por Reuters 30/10/2020 17h30
Ibovespa fecha outubro em queda com avanço de Covid-19 e eleição nos EUA
Reprodução - Foto: Assessoria
Preocupações com o crescimento dos casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos fizeram o Ibovespa abandonar a recuperação verificada nas primeiras semanas de outubro e fechar com sinal negativo no mês, em meio a temores de que novos “lockdowns” afetem a retomada da economia global. A cautela antes da eleição presidencial norte-americana corroborou o viés mais defensivo. Apesar de pesquisas apontarem o democrata Joe Biden como favorito, a reeleição de Donald Trump não é descartada, assim como agentes financeiros temem um desfecho judicial no caso de um resultado muito apertado. No pano de fundo, estão expectativas sobre mais estímulos fiscais para a maior economia do mundo, que ainda não vieram, na visão de muitos no mercado, em razão da disputa. Em meio a esse cenário, agentes financeiros no mercado brasileiro repercutiram uma bateria de resultados corporativos do segundo trimestre, com muitos ainda refletindo os efeitos da crise desencadeada pelo Covid-19, mas com a pior fase, aparentemente, tendo ficado para trás. O comportamento dos preços no país também voltou ao radar. O Banco Central reconheceu uma pressão inflacionária mais forte no curto prazo, mas manteve sua mensagem de orientação futura (forward guidance) e a porta aberta para eventual corte nos juros à frente, enquanto manteve a Selic a 2%. Após setembro fechar com o maior volume mensal de IPOs no mercado brasileiro desde 2010, outubro mostrou algumas desistências, em meio ao ambiente mais conturbado nos mercados. Ainda assim, mais 15 companhias pediram registro neste mês para abrir capital, totalizando 44 empresas na fila. Nesta sexta-feira, o Ibovespa registrou queda de 2,72%, a 93.952,40 pontos, acumulando perda de 7,2% na semana, o que levou a uma performance negativa de 0,69% no mês. No ano, o declínio é de 18,76%.