Economia

Ibovespa fecha em queda pelo 3º pregão e volta a perder patamar dos 100 mil pontos

Volume financeiro somou 24 bilhões de reais

Por Reuters 27/10/2020 19h24
Ibovespa fecha em queda pelo 3º pregão e volta a perder patamar dos 100 mil pontos
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, no terceiro declínio seguido após ultrapassar os 102 mil pontos durante o pregão na semana passada, com preocupações sobre o aumento de casos de Covid-19 no exterior avalizando movimentos de realização de lucros no pregão brasileiro. Investidores na bolsa paulista também acompanham a temporada de resultados do terceiro trimestre, com Santander Brasil entre os destaques da sessão, com a pauta dos próximos dias reservando números de empresas relevantes e com expressivo peso no Ibovespa, entre elas Bradesco, Vale, Petrobras e Ambev. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,4%, a 99.605,54 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 101.660,37 pontos. O volume financeiro somou 24 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o S&P 500 recuou 0,3%, em meio a dúvidas sobre a recuperação da economia norte-americana por causa do aumento de casos de coronavírus e menos apostas de mais estímulos fiscais antes da eleição presidencial no dia 3 de novembro, tendo ainda de pano de fundo a temporada de balanços. Os pregões na Europa também tiveram uma sessão negativa, com o londrino FTSE 100 fechando em queda de mais de 1%. Para o analista Régis Chinchila, além da pressão dos eventos externos, a bolsa brasileira também refletiu movimentos de realização de lucros após três semanas consecutivas de alta e uma certa cautela antes da decisão de juros do Banco Central. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC encerra sua reunião de dois dias e a expectativa no mercado é de que a taxa Selic permaneça no piso histórico de 2% ao ano. As atenções no mercado estão voltadas particularmente para os comentários relacionados à inflação e cena fiscal. “A alta da inflação e riscos fiscais podem levar o Copom a apresentar tom mais cauteloso no comunicado, ainda que sem abandonar o ‘forward guidance’ de taxas estáveis”, acrescentou Chinchila, reforçando que o comunicado sobre a decisão deve concentrar as atenções.