Economia

Ibovespa tem 3ª semana de alta com ajuda de bancos e amplia ganhos em outubro

Volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 22,8 bilhões de reais

Por Reuters 23/10/2020 23h33
Ibovespa tem 3ª semana de alta com ajuda de bancos e amplia ganhos em outubro
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa acumulou a terceira semana de alta nesta sexta-feira, ampliando os ganhos em outubro, conforme agentes financeiros se preparam para resultados corporativos na expectativa de que os efeitos do pior momento da pandemia de Covid-19 nos resultados das empresas brasileiras possam ter ficado para trás. Nos últimos dias, papéis de bancos mostraram forte valorização na bolsa paulista, ajudando a manter o Ibovespa acima dos 100 mil pontos, com analistas chamando a atração para a defasagem no setor, acrescentando que os lucros devem melhorar, com os níveis de provisões começando a recuar. “Deve confirmar que o pico de provisões ocorreu no primeiro semestre, com a qualidade geral dos ativos se apresentando em melhor forma do que o esperado e apontando para uma queda contínua das despesas de provisão ao longo de 2021”, afirmou a equipe do Credit Suisse em relatório a clientes. O Santander Brasil abre a temporada no setor na terça-feira, seguido por BRADESCO no dia seguinte. Itaú Unibanco apresenta balanço em 3 de novembro e Banco do Brasil em 5 de novembro. Os números do BTG Pactual são esperados para 10 de novembro. Além dos bancos, gigantes como Petrobras e Vale, que sentem também os efeitos do ritmo da atividade do mundo, apresentarão seus balanços para investidores que têm buscado cada vez mais ativos com melhor retorno do que investimentos atrelados aos juros em mínimas históricas no país. O calendário de resultados, que ganha fôlego na próxima semana, inclui ainda nomes como Klabin, Cielo, Gerdau, GPA, Ambev, Telefônica Brasil, Lojas Americanas e B2W, Suzano e Usiminas. Na B3, o número de investidores ativos ultrapassou 3 milhões em setembro, e participantes do mercado continuam vendo espaço para crescimento, mesmo com um ambiente ainda complicado do ponto de vista fiscal e da recuperação da economia brasileira. A continuidade de planos de ofertas de ações reforça tal premissa. O cenário externo também adiciona sua parcela de ruídos, com o aumento de casos de Covid-19 principalmente na Europa, mas também nos Estados Unidos, onde parlamentares e a Casa Branca não conseguem chegar a um acordo sobre mais estímulos para fortalecer uma economia ainda combalida pela pandemia. Diferentemente do Ibovespa, o norte-americano S&P 500 encerra a semana com perda acumulada após quatro de valorização, sustentando sinal positivo no acumulado do mês. Nesta sexta-feira, o Ibovespa recuou 0,65%, a 101.259,75 pontos, mas subiu 3% na semana e 7% no mês. No ano, o declínio ainda alcança 12,44%. O índice Small Caps perdeu 0,16%, a 2.457,99 pontos, mas contabilizou elevação de 1,97% na semana e de 6,72% no mês, enquanto o declínio no acumulado de 2020 está em 13,48%. O volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 22,8 bilhões de reais.