Economia

Dólar ajusta para baixo, mas sente incerteza sobre ajuda fiscal nos EUA

Dólar à vista caiu 0,91%, a 5,4149 reais na venda

Por Reuters 11/08/2020 18h32
Dólar ajusta para baixo, mas sente incerteza sobre ajuda fiscal nos EUA
Reprodução - Foto: Assessoria
O dólar caiu 0,9% ante o real nesta terça-feira, com a moeda brasileira seguindo correção vista em outras divisas emergentes que recentemente sofreram expressivas quedas, mas se afastou das mínimas da sessão em meio a incertezas sobre o pacote fiscal nos Estados Unidos. O tom foi mais positivo durante o meio da tarde, quando o dólar chegou a cair 1,69% e o índice S&P 500 da Bolsa de Nova York se manteve perto de recordes, mas o mercado perdeu ânimo depois de o líder republicano do Senado dos EUA, Mitch McConnell, dizer que negociadores da Casa Branca não conversaram nesta terça-feira com líderes democratas no Congresso dos EUA sobre o projeto de lei de alívio aos efeitos do coronavírus, após as negociações terem sido interrompidas na semana passada. No fechamento, o dólar à vista caiu 0,91%, a 5,4149 reais na venda. Na máxima, alcançada pela manhã, a moeda subiu 0,33%. Na B3, o dólar futuro tinha queda de 1,39%, a 5,4105 reais, às 17h11. O real esteve entre as moedas de melhor desempenho da sessão, junto com peso chileno, peso colombiano, rand sul-africano e lira turca —divisas que, acompanhadas da brasileira, sofreram as maiores liquidações nos últimos pregões. Além disso, na máxima da sessão, quando bateu 5,4830 reais, o dólar se aproximou da marca de 5,5000 reais, que para analistas do DailyFX representa uma importante resistência. Ao mesmo tempo, na mínima do dia, de 5,3723 reais, a divisa caminhou para o suporte de 5,3500 reais —indicando limitação para as oscilações da moeda dentro dessa banda. Para os próximos meses, alguns analistas veem chances de um dólar mais baixo. O Banco MUFG Brasil vê a cotação em 5,1000 reais ao fim de 2020, citando melhora do ambiente político e retorno de debate sobre reformas. “A reforma tributária é muito complexa e levará vários meses de discussão, mas o importante é que o Congresso ainda está propenso a avançar a agenda econômica após a crise da Covid-19 e de várias tensões com o Executivo”, disse o banco em relatório.