Economia

Com piora em NY, Ibovespa fecha em queda e abaixo dos 100 mil pontos

Volume financeiro somou 28 bilhões de reais

Por Reuters 13/07/2020 21h45
Com piora em NY, Ibovespa fecha em queda e abaixo dos 100 mil pontos
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, perdendo fôlego e o patamar dos 100 mil pontos na segunda etapa do pregão seguindo a piora em Wall Street, com as ações da Ambev e Natura&Co entre as maiores pressões de baixa, enquanto IRB Brasil RE foi destaque positivo. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com declínio de 1,33%, a 98.697,03 pontos, na mínima do dia. Na máxima, pela manhã, chegou a 100.857,68 pontos. O volume financeiro somou 28 bilhões de reais. A queda vem após duas semanas de alta, período em que o Ibovespa acumulou valorização de 6,6% e recuperou patamar de quatro meses atrás, superando o patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde março na última quinta-feira. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,9%, também abandonando o tom mais positivo do começo do pregão, quando prevaleceram expectativas otimistas sobre vacina contra o Covid-19 e números melhores do que o esperado da PepsiCo na abertura da temporada de balanços dos Estados Unidos. No radar, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, ordenou nesta segunda-feira uma redução maciça da reabertura do Estado, em meio ao aumento de casos do novo coronavíus, fechando bares e proibindo restaurantes com ambientes fechados em todo o Estado, além de fechar igrejas, academias e salões de beleza nos municípios mais atingidos. Uma das principais preocupações de agentes financeiros tem sido uma segunda onda de casos de Covid-19 que justifique novas medidas de lockdown a ponto de afetar a retomada das economias. Também no final da tarde, a agência Bloomberg noticiou que a Apple comunicou a funcionários que um retorno total dos escritórios nos Estados Unidos não irá ocorrer antes do final do ano. No Brasil, na visão do analista Ilan Albertman, da Ativa Investimentos, bancos e petróleo - o Brent caiu 1,2% - também decepcionaram, uma vez que o mercado espera por mais dados econômicos para classificar operacional e financeiramente a posição brasileira no movimento de retomada. O mercado brasileiro também começou a semana repercutindo anúncio das ofertas de ações de Dimed e Irani, previstas para serem precificadas no dia 22.