Economia

Mineradora faz desmonte controlado em comunidades do Agreste

Atividades reduzem impactos em 14localidades da região

Por Davi Salsa com assessoria 10/07/2020 10h26
Mineradora faz desmonte controlado em comunidades do Agreste
Reprodução - Foto: Assessoria
  Em atenção aos que residem nas 14 comunidades localizadas em Arapiraca e Craíbas próximas ao Projeto Serrote e, para minimizar o incômodo causado pelo empreendimento, a Mineração Vale Verde (MVV) decidiu concentrar a realização dos desmontes controlados necessários à implantação do Projeto às sextas-feiras, ao meio-dia (12h), podendo haver alterações de acordo com o clima ou casos excepcionais. Os desmontes tiveram início após a movimentação de um milhão de toneladas de material no pre-stripping – a retirada das primeiras camadas de material antes que seja feita a lavra do minério. “Entendemos que, embora o Projeto traga benefícios como geração de empregos e renda para a região, eventuais incômodos como ruídos e vibrações irão existir e, estando dentro do limite legal, teremos que conviver com eles e nos esforçar para minimizá-los”, explica Jóter Siqueira, gerente de Mina da MVV. “Se tivermos que alterar uma data que já tenha sido agendada, vamos avisar aos moradores com carro de som”, acrescenta Jóter. O gerente de Mina da empresa lembra que o processo segue os mais rigorosos padrões de segurança estabelecidos pela legislação brasileira e internacional. “Além de utilizar tecnologia eletrônica e uma emulsão bombeada como agente detonante – minimizando o impacto do processo –, toda a operação é acompanhada por uma equipe multidisciplinar e monitorada por três sismógrafos, equipamentos de alta precisão que capturam e registram as menores variações de ruídos e vibrações que ocorram no ambiente antes e após o processo, que dura no máximo cinco segundos”, explica o representante da MVV. O último desmonte controlado, realizado pela empresa Enaex Britanite no sábado (4), foi o terceiro do Projeto Serrote. Nos dois primeiros, ocorridos nos dias 20 e 26 de junho, os sismógrafos já não haviam indicado quaisquer vibrações e ruídos acima dos limites estabelecidos na legislação. Além de todas as medidas de segurança estabelecidas – como o cerco e isolamento da área respeitando um raio mínimo de 500 metros –, no segundo desmonte (26), para dar ainda mais segurança aos moradores, a Mineração Vale Verde (MVV) enviou uma equipe à casa de uma moradora na comunidade do Pixilinga para um monitoramento no local. “Passaremos a adotar essa iniciativa daqui por diante, tamanha foi a repercussão positiva dela”, pontua Jóter. Semanalmente, pessoas que residem nas comunidades próximas ao Projeto e representantes da MVV se reúnem para debater temas relevantes. Em fevereiro deste ano, nas rodadas do Diálogo Social, a abordagem do tema "Desmontes e vibrações: o que são e quais os impactos?" obteve 97% de aprovação pelos moradores. Mesmo com o coronavírus (COVID-19), vídeo-chamadas têm sido realizadas para que as conversas continuem acontecendo. SOBRE A APPIAN Desde 2018, 100% do capital da MVV pertence a um fundo de investimentos administrado pela Appian Capital Advisory LLP focado em mineração. O fundo também possui um ativo no Brasil no município de Itagibá (BA), denominado Atlantic Nickel, com foco na produção de concentrado de níquel sulfetado e capacidade nominal de 120 mil toneladas/ano, que voltou a operar em janeiro de 2020. Sediada em Londres, a Appian possui ainda escritórios em países como África do Sul e Canadá.