Economia

Ibovespa fecha na máxima em 4 meses e mira 100 mil pontos

Volume financeiro no pregão somou 26,8 bilhões de reais

Por Reuters 06/07/2020 19h16
Ibovespa fecha na máxima em 4 meses e mira 100 mil pontos
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou nesta segunda-feira no maior patamar em quatro meses, em meio a perspectivas positivas de recuperação econômica pós-Covid-19 e com intenso noticiário corporativo no país. Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 2,24%, a 98.937,16 pontos, pico de fechamento desde 5 de março. Na máxima da sessão, chegou a 99.256,85 pontos. O volume financeiro no pregão somou 26,8 bilhões de reais. Na visão de analistas da Mirae Asset, mercados no exterior abriram a semana sustentados por expectativas otimistas da recuperação da economia global. “O mundo está olhando para a China, que responde com boa retomada econômica e aparente sucesso em conter o Covid-19”, afirmaram em nota a clientes. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,59%, favorecido ainda por dados melhores do que o esperado sobre o setor de serviços norte-americano, que ajudou a ofuscar nova onda de casos de coronavírus nos Estados Unidos. Do cenário brasileiro, também repercutiram comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, do domingo, de que o governo fará quatro grandes privatizações em até 90 dias e que a reforma tributária deve ser aprovada ainda em 2020. Para a casa de pesquisa e análise Eleven, o Ibovespa está em uma zona de congestão, com uma rotação entre setores. “A temporada de divulgação de resultados do segundo trimestre, que se inicia neste mês, deve trazer à tona uma dolorosa verdade, do difícil momento que diversos setores e empresas estão vivenciando. Resta saber o quanto das más notícias no curto prazo já estão precificadas”, afirmou. O mercado de capitais brasileiro voltou à atividade com toda força no segundo trimestre e as ofertas de ações de empresas domésticas já cresceram 10% no primeiro semestre, segundo dados da Refinitiv. Com o desempenho desta sessão, o analista Fernando Góes, da Clear Corretora, destacou que, embora a marca dos 100 mil pontos tenha um efeito psicológico grande, “graficamente começamos a olhar para os 105/107 mil pontos, que deve ser o novo alvo”. A última vez em que o Ibovespa fechou acima dos 100 mil pontos foi em 5 de março.