Economia

Missão Empresarial leva empresários alagoanos à China

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) apresentou a programação e destacou a parceria com o Sebrae Alagoas

Por Ana Paula Omena com Tribuna Hoje 01/08/2019 12h53
Missão Empresarial leva empresários alagoanos à China
Reprodução - Foto: Assessoria
Foi lançada na manhã desta quinta-feira (1º) a segunda edição da Missão Empresarial à China que tem como objetivo abrir caminhos para empresas alagoanas comprarem mercadorias do outro lado do mundo. Um grupo composto por 16 empresários do estado terá a oportunidade de conhecer e fazer negócio no maior centro comercial de bem e consumo do planeta. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) apresentou a programação e destacou a parceria com o Sebrae Alagoas. De acordo com Wilton Malta, presidente da Fecomércio, a missão realizada em abril passado foi um sucesso e a expectativa é que a dose seja repetida. “As empresas que foram retornaram satisfeitíssimas com o trabalho realizado, estamos na segunda edição com a casa cheia, isso só demonstra o interesse que as empresas têm de fazer negócio no exterior, e a China é um mercado que nós estamos explorando de forma positiva para Alagoas, já que todos os produtos trazidos para Alagoas através das missões não são produzidos aqui”, frisou. [caption id="attachment_317691" align="aligncenter" width="640"] Wilton Malta (Fecomércio/AL)[/caption] “Pelo contrário nós importamos de São Paulo produtos da China, então, a proposta é muito positiva para as empresas que estão buscando melhores preços para os consumidores”, acrescentou. Wilton Malta lembrou que Alagoas está sendo convidada por outros estados, a exemplo, de Sergipe e Pará, para divulgar a Missão China. “Temos uma tributação diferenciada de outros estados e com isso vantagens no sentido de que se houver importação de Alagoas favorece mais”, salientou. CAPACITAÇÃO O consultor da Fecomércio, Luizandré Barreto, mencionou que o trabalho da instituição em parceria com o Sebrae é justamente capacitar as empresas a comprarem no mercado externo com o custo mais barato, aumentando o mix e a qualidade dos produtos. “É um mercado pouco trabalhado, quase que não existe divulgação, o mercado de produtos da China aumenta a margem e as entidades tem o propósito de ensinar e educar as empresas no sentido de comprar no mercado externo”, explicou. [caption id="attachment_317688" align="aligncenter" width="640"] Luizandré Barreto - Consultor da Fecomércio[/caption] Ele observou ainda que a depender da demanda é possível que o comerciante não precise sair de Alagoas para comprar diretamente da China. “Há essa flexibilidade, Alagoas fez a primeira edição em abril onde o empresariado foi preparado para comprar na China, tivemos cerca de 400 mil dólares de compras, sendo mais de R$ 3 milhões, e na segunda edição a perspectiva é de que esse valor seja ainda maior, juntamente com a segunda compra dessas pessoas que compraram na primeira edição”, declarou. Para ele o mais importante é que as empresas alagoanas estão se educando a comprarem no mercado externo dos mais variados produtos e equipamentos. Marcos Vieira, superintendente do Sebrae Alagoas, falou da importância da parceria que começou há seis anos quando foram à China a convite da Fecomércio de Pernambuco. “Conseguimos perceber o grande potencial de produção e negócios da China que podem ser estabelecidos tanto na questão da compra dos brasileiros quanto das vendas, dai surgiu a primeira missão no ano passado com 20 empresários de 16 empresas e foram feitos negócios em torno de R$ 3 milhões”, reforçou. Conforme Marcos Vieira, não existe a hipótese de ir à China 'as cegas' tendo que haver uma sistemática de aproximação e entendimento, isto é, toda uma logística, para que os empresários sejam guiados com intérpretes para os melhores locais e negociar com segurança nas transações. “O sentido também é negociar produtos brasileiros com os chineses e é importante ter esse intercâmbio, é o que a Fecomércio com o Sebrae estão fazendo para gerar uma nova expectativa, um novo tipo de negócio para os nossos empresários, na abertura da visão que acontece em países como a China, hoje a segunda potência comercial do mundo”, detalhou. [caption id="attachment_317689" align="aligncenter" width="640"] Marcos Vieira - Superintendente do Sebrae/AL[/caption] VOLUME FINANCEIRO O volume financeiro movimentado contou com a participação do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que na época firmou parceria com a Fecomércio para acesso às linhas de crédito com prioridade na tramitação interna para atender a demanda em face do tempo da viagem. Para a Missão que acontecerá de 11 a 22 de outubro, a perspectiva é de movimentar USD 325.000,00 em FOB, nacionalizado R$ 2,4 milhões. O grupo visitará a 1ª fase da Canton Fair, contemplando produtos dos segmentos de bicicletas e acessórios; computadores e periféricos; eletrodomésticos; equipamentos de comunicação; ferramentas manuais e elétricas; lâmpadas, luminárias e afins; louças e metais sanitários; máquinas de pequeno porte; material de construção e decoração; produtos elétricos e eletrônicos, entre outros. CANTON FAIR E YIWU Reunindo mais de 150 mil tipos de produtos chineses, a Canton Fair existe há mais de 60 anos e atrai cerca de 24 mil empresas do comércio exterior, além de empresários de todo o mundo. São duas edições anuais, uma em abril e outra em outubro, numa área de mais de 1 milhão de metros quadrados divididos em três pavilhões. Todos os produtos comercializados na feira possuem certificado de origem. Além da Canton Fair, a comitiva alagoana também visitará a cidade de Yiwu. Localizada no sudeste da China, o local é conhecido internacionalmente pelos preços baixos e pela oferta de 1,8 milhão de produtos diferentes, atraindo comerciantes de várias partes do mundo. Com cinco megacentros de compras, 75 mil lojas e circulação diária de 200 mil pessoas, o centro exporta 65% dos produtos no mundo.