Economia

Fed 'dovish' empurra dólar a mínima em 5 meses ante real

Real foi uma das moedas de melhor desempenho na sessão

Por Reuters 18/07/2019 19h56
Fed 'dovish' empurra dólar a mínima em 5 meses ante real
Reprodução - Foto: Assessoria
O dólar fechou no menor nível em cinco meses ante o real nesta quinta-feira, com investidores se desfazendo da moeda norte-americana em meio a expectativas de que a divisa caia mais conforme os Estados Unidos caminham para reduzir os juros. Quanto menor os juros nos EUA, mais atrativas se tornam as aplicações em outros mercados, como os emergentes, o que potencializa chances de fluxo de capital a países como o Brasil. Com maior oferta de dólares, o preço da moeda tende a cair. O real foi uma das moedas de melhor desempenho na sessão. O dólar à vista caiu 0,86%, a 3,7293 reais na venda, no menor patamar de fechamento desde 20 de fevereiro (3,728 reais). No exterior, o índice que mede o valor do dólar frente a uma cesta de divisas, cedia 0,52%. O dólar teve oscilações mais moderadas mais cedo. Por volta das 15h passou a cair mais intensamente, após comentários de autoridades do Fed no sentido de necessidade de ação mais rápida do para conter desaceleração da maior economia do mundo. O presidente do Fed de Nova York, John Williams —também vice do Fomc—, disse que os formuladores de política monetária precisam adicionar logo estímulos para lidar com inflação muito baixa quando as taxas de juros estão próximas de zero e não podem esperar que ocorra um desastre econômico. O vice-presidente do Fed, Richard Clarida, praticamente repetiu as palavras de Williams ao dizer que as autoridades podem precisar agir logo para estimular a economia dos EUA como uma apólice de seguro contra crescentes riscos. “As falas de John Williams de forma inequívoca indicam um afrouxamento da política monetária em julho, e a probabilidade de corte de 0,50 ponto percentual subiu significativamente”, disse Marc-André Fongern, chefe de pesquisa de câmbio da MAF Global Forex, consultoria de comércio internacional em Londres. “Isso sem dúvida resulta numa sustentada depreciação do dólar”, completou.