Economia

Reajuste de medicamentos será de 4,33%

Pesquisa aponta impacto para população

Por Assessoria 19/03/2019 08h39
Reajuste de medicamentos será de 4,33%
Reprodução - Foto: Assessoria
A alta dos medicamentos para 2019 será de 4,33% em média, conforme informação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o aumento passará a ter validade a partir do mês de abril. É importante entender que o aumento não se dá por um índice fixo, mas variando por produto. Sendo que a taxa dos produtos com maior concorrência tem um índice menor de reajuste, e, para os mais inovadores o aumento é maior. "Esse aumento já era esperado e passará a ser sentido nos próximos meses pelos clientes, sendo que as lojas ainda possuem estoques pré-aumento. A dica que dou é que se pesquise preços, pois mesmo com os valores tendo um teto fixado, podem ser obtidos bons descontos", explica Edison Tamascia, presidente da Febrafar. Importância do preço para o consumidor A importância do preço na hora da aquisição de produtos pelos consumidores foi um dos pontos abordados pela Pesquisa de Comportamento do Cliente na Farmácia 2019 realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) em parceria com o NEIT – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp, que entrevistou 4 mil clientes em todo país. Segundo os resultados, ao serem questionados sobre quais os critérios de escolha de uma farmácia, ficou bem claro que os clientes priorizam o bolso e a comodidade. Dos entrevistados: 64,95% afirmaram acreditar que as farmácias onde efetuaram suas compras praticam preços mais baixos que os concorrentes e 24,50% apontaram a localização como fator importante para a escolha. Além desses fatores, foram considerados também: o estoque (6,25%), a facilidade de estacionar (1,58%), possuir atendimento da Farmácia Popular (1,35%) e o bom atendimento (0,88%). “Por meio desse questionamento observamos que o impacto do aumento será sentido nas finanças dos brasileiros, mas eles não deixarão de consumir esses produtos, que são de necessidade básica”, analisa Tamascia. Falta de pesquisa Esse entendimento se dá por outro dado da pesquisa que aponta que a maioria da população não pesquisou preço antes da compra, conforme aponta a pesquisa. 88,43% dos entrevistados afirmaram que não pesquisaram preços antes da compra efetuada, 8,70% afirmaram que não pesquisaram preços naquele dia específico, mas que costumam pesquisar, e 2,88% afirmaram que pesquisaram. “Embora os clientes apontem o preço baixo como principal fator da escolha da farmácia, a pesquisa demonstrou que os mesmos não fazem comparação de preços a cada compra e que comparações realizadas no passado e a percepção é o que o leva o cliente a concluir que uma loja pratica preços competitivos”, aponta Tamascia.