Economia

Dólar fecha com pequeno alta ante real; mercado ajusta humor sobre Previdência

Dólar futuro operava em alta de 0,6 por cento

Por Reuters 07/02/2019 17h53
Dólar fecha com pequeno alta ante real; mercado ajusta humor sobre Previdência
Reprodução - Foto: Assessoria
O dólar fechou com pequeno alta ante o real nesta quinta-feira, com investidores adotando posições mais moderadas após bom humor ligado à reforma da Previdência e preocupação com uma desaceleração na Europa após dados fracos da indústria alemã. O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,7108 reais na venda. A moeda oscilou entre 3,7005 reais e 3,7384 reais. O dólar futuro operava em alta de 0,6 por cento. Participantes do mercado começaram na véspera a aventar a chance de a votação da reforma previdenciária não ocorrer no prazo estimado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) que havia dito que o texto poderia ser votado na Casa até julho. Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na véspera que para o governo garantir a aprovação da reforma da Previdência é mais importante do que tramitá-la rapidamente.. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro, internado em São Paulo e ainda sem previsão de alta, não deve haver nenhuma sinalização mais contundente. A palavra final é dele, garantiu o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não adianta precificar na frente, antes de haver notícias. Tem que esperar. Havia um certo ajuste a ser feito, porque o mercado subiu muito com otimismo”, afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello. Um membro da área econômica disse nesta quinta que o projeto da reforma deve ser apresentado entre 19 e 21 de fevereiro ou quando Bolsonaro estiver restabelecido. No exterior, uma queda inesperada na produção industrial da Alemanha, maior economia da Europa em dezembro endossou temores de desaceleração na Europa. “Também é preocupante a zona do euro. A Alemanha mostrou que atividade industrial caiu em dezembro, apontando enfraquecimento da economia, o que levanta risco de recessão”, disse Faganello. Os negócios também refletiram a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, não devem se encontrar antes de 1º de março, data em que vence a trégua na guerra comercial. O BC brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Assim rolou 2,582 bilhões de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.