Economia

Petrobras está perto de decidir sobre venda de rede de gasodutos, dizem fontes

Reunião do Conselho de Administração da empresa no dia 7 de maio aprovará decisão tomada pela diretoria nos próximos dias

Por Reuters 28/04/2018 01h16
Petrobras está perto de decidir sobre venda de rede de gasodutos, dizem fontes
Reprodução - Foto: Assessoria
A Petrobras está perto de decidir como será a próxima fase da venda da rede de gasodutos Transportadora Associada de Gás (TAG), disseram quatro fontes com conhecimento do assunto nesta sexta-feira. A empresa, que já recebeu ofertas superiores a 7 bilhões de dólares pelo ativo, deve decidir provavelmente na segunda-feira como o processo vai prosseguir, se haverá uma segunda rodada com vários competidores ou se a companhia entrará em conversas exclusivas apenas com o consórcio que apresentar a melhor proposta. Uma reunião do Conselho de Administração da empresa no dia 7 de maio aprovará a decisão tomada pela diretoria nos próximos dias. A TAG possui cerca de 4.500 quilômetros de gasodutos no Nordeste do Brasil. A Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários. Três grupos —um liderado pelo australiano Macquarie Bank, outro pelo fundo soberano Mubadala Development e um pela empresa de energia francesa Engie SA— entregaram propostas vinculantes, incluindo os compromissos de financiamento e os contratos de aquisição no dia 19 de abril. Segundo as regras estipuladas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), uma segunda rodada entre os concorrentes é obrigatória se as propostas tiverem diferenças de valor inferiores a 10 por cento. Uma segunda rodada também é exigida se a Petrobras escolher apenas um concorrente para negociar com exclusividade, mas ao longo das negociações incluir mudanças nos contratos que tenham impacto econômico. A Petrobras pediu que os consórcios fizessem suas propostas com base nos balanços da TAG de dezembro do ano passado, mas pediu que os preços fossem corrigidos pelo CDI mais 3 por cento até a data de fechamento do negócio. Todas as ofertas têm componente de dívida, segundo as fontes. O grupo liderado pelo Macquarie, que inclui o fundo de pensão canadense CPPIB, o fundo soberano GIC e as holdings brasileiras Itaúsa Investimentos SA e Cambuhy Investimentos SA, está sendo assessorado financeiramente pelo Bank of America e pelo Banco Bradesco SA. Espera-se que a oferta do Macquarie tenha um componente de cerca de 60 por cento de dívida, segundo fontes com conhecimento do assunto. O grupo formado por Mubadala e EIG Global Energy Partners recebeu a adesão da empresa italiana Snam SpA como operadora e acionista. Dois fundos, King Street Capital Management e Farallon Capital Management, estão em negociações para entrar no grupo. Ambos não comentaram o assunto imediatamente. O banco Goldman Sachs & Co está financiando o grupo do Mubadala, e pessoas com conhecimento do assunto dizem que até 80 por cento da oferta pode ser financiada por dívida. Segundo uma das fontes, a Engie está em conversas com o fundo de pensão canadense Caisse de Depot et placement du Quebec como um potencial parceiro. As companhias mencionadas não fizeram comentários imediatos sobre o assunto.