Economia

Mudança de superintendente do Banco do Nordeste em Alagoas surpreende servidores

No comando da instituição há dez meses, Wesley Maciel vai para João Pessoa, onde reassume a superintendência do banco na Paraíba

Por Tribuna Independente com Assessoria 16/02/2018 15h29
Mudança de superintendente do Banco do Nordeste em Alagoas surpreende servidores
Reprodução - Foto: Assessoria
Os funcionários do Banco do Nordeste (BNB) em Alagoas receberam com surpresa a notícia da substituição do atual superintendente Wesley Maciel pelo funcionário Carlos Henrique de Moura Plech. A substituição ocorreu na Quarta-feira de Cinzas (14). No comando da instituição há dez meses, Maciel vai para João Pessoa, onde reassume a superintendência do banco na Paraíba. Segundo Thyago Miranda, diretor do Sindicato dos Bancários em Alagoas, ao nomear Plech, o BNB vai na contramão dos seus próprios manuais, normas e código de ética, que estabelecem regras claras para os que pretendem ocupar o cargo. “Neste contexto, o superintendente deve estar habilitado por meio de processo de seleção interna, ou seja, deve estar inserido no banco de sucessão, o que não é o caso de Plech”, explica Miranda. Para o sindicalista, o BNB, que é extremamente rigoroso na admissão do seu quadro funcional, descumpre suas próprias regras ao flexibilizar as normas para atender e acomodar alguém que foge aos preceitos de exigência estabelecidos para o mais alto cargo da instituição em Alagoas. O sindicalista revela ainda que a operação de substituição vai custar ao banco em torno de R$ 100 mil, levando-se em conta o salário R$ 35 mil e mais R$ 15 mil de custo-mudança na segunda troca em menos de um ano. “A única justificativa para a substituição intempestiva é política, já que, ao contrário de Plech, Maciel é um servidor que se enquadra dentro das normas exigidas pelo BNB”, analisa Miranda, informando que o Banco do Nordeste tem, para 2018, uma previsão nacional de recursos na ordem de R$ 27 bilhões em pleno ano eleitoral. “Com esta nomeação, o governo golpista de Michel Temer repete em Alagoas o que fez na Bahia e no Piauí, onde as chaves dos cofres do BNB foram entregues a superintendentes ligados ao seu esquema político”, relata Miranda. Matéria atualizada às 17h44