Economia

Ibovespa acelera perdas no final e fecha abaixo de 83 mil pontos com piora externa

Volume financeiro do pregão somou 9,654 bilhões de reais

Por Reuters 05/02/2018 18h56
Ibovespa acelera perdas no final e fecha abaixo de 83 mil pontos com piora externa
Reprodução - Foto: Assessoria
O mercado acionário brasileiro encerrou a segunda-feira no vermelho, minado pelo viés negativo no ambiente financeiro internacional, em meio a preocupações sobre uma eventual ação mais agressiva do banco central norte-americano nos juros. O Ibovespa fechou em baixa de 2,59 por cento, a 81.861 pontos, na mínima do dia, com apenas um ativo no azul (Klabin), tendo acelerado as perdas no final da sessão. O volume financeiro do pregão somou 9,654 bilhões de reais. O principal índice de ações da B3 chegou a oscilar no azul, acompanhando alguma melhora em Wall Street e na esteira dos ganhos das ações da Vale e do Bradesco no início da tarde. A melhora, contudo, teve vida curta e o exterior serviu como gatilho a nova realização de lucros após o Ibovespa renovar recordes em janeiro. No exterior, os pregões ainda reagiram a dados fortes do mercado de trabalho dos Estados Unidos conhecidos na sexta-feira, que animaram apostas de que o Federal Reserve ele os juros mais rapidamente do que o previsto anteriormente. Tal expectativa elevou os rendimentos dos títulos públicos e fortaleceu o dólar globalmente, enquanto derrubou ações e commodities como o petróleo. Em Nova York, o índice acionário S&P 500 ampliou as perdas no final da tarde e caía quase 3 por cento. Na visão do analista da corretora Lerosa Vitor Suzaki, a queda menor no pregão brasileiro decorre de expectativas mais favoráveis para os resultados das companhias e melhora da atividade econômica de forma geral. DESTAQUES - CSN e GERDAU PN recuaram 5,76 e 5,7 por cento, respectivamente, em meio à correção negativa ditada pelo mercado externo. As ações, contudo, ainda acumulam em 2018 ganhos ao redor de 20 e 10 por cento, respectivamente - PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 4,66 e 4,5 por cento, respectivamente, conforme os preços do petróleo Brent e WTI foram pressionados negativamente por uma maior produção nos Estados Unidos, mercado físico fraco e fortalecimento do dólar. - BRF caiu 4,56 por cento. Analistas do Santander aguardam uma melhora decepcionante no resultado dos últimos três meses de 2017 ante o trimestre anterior no que é a alta temporada para as vendas domésticas. - ITAÚ UNIBANCO encerrou em baixa de 3,51 por cento, anulando a tentativa de recuperação, antes da divulgação do seu resultado trimestral ainda nesta segunda-feira. BRADESCO PN também não sustentou a alta e caiu 1,61 por cento, tendo no radar indicação do conselho de administração para o novo presidente-executivo do banco.