Economia
Ibovespa sobe pelo 11º pregão seguido e marca novas máximas históricas
Giro financeiro somou 7,28 bilhões de reais
O principal índice da bolsa paulista fechou em alta modesta nesta segunda-feira, ampliando o recente rali e renovando máximas históricas de fechamento e intradia, com permanente otimismo com o cenário externo assim como no front local.
O Ibovespa fechou em alta de 0,39 por cento, a 79.378 pontos. O giro financeiro somou 7,28 bilhões de reais.
A sessão não foi marcada por um viés único, com a tentativa de ajuste levando o Ibovespa a recuar 0,56 por cento na mínima da sessão. Na máxima do dia, o Ibovespa subiu 0,41 por cento, a 79.395 pontos, renovando a maior pontuação histórica intradia.
Com o ganho deste pregão, o Ibovespa esticou o rali para 11 sessões seguidas no azul, igualando-se à maior sequência de altas até então, vista em julho de 2010.
A percepção predominante é de manutenção do tom mais favorável a ativos de risco, diante da manutenção do otimismo no exterior, e também com a crescente aposta do mercado de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será condenado em segunda instância, aumentando as chances de ficar fora da corrida presidencial deste ano.O forte fluxo de entrada de investimento estrangeiro neste início de ano também ajuda o mercado a manter a visão mais favorável para a bolsa. Apenas nos três primeiros pregões de 2018, o saldo externo foi positivo em 1,59 bilhão de reais, após fechar o ano passado com entrada líquida de 13,4 bilhões de reais.
Operadores destacam ainda que o fluxo de investidores locais também ajuda o movimento positivo da bolsa, diante da queda de juros no país, o que aumenta a migração para mais tomada de risco, em busca de retornos maiores.
“O mercado segue nessa tendência positiva. Tem muito fluxo estrangeiro e também do investidor daqui, com vencimentos de investimentos em renda fixa levando a direcionamento de mais recursos para a bolsa”, disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos. DESTAQUES- CSN ON subiu 4,85 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, diante da expectativa pela renegociação de dívidas com os bancos locais. A sessão também foi favorecida pelos ganhos nos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China, com as demais siderúrgicas também em alta. GERDAU PN avançou 3,49 por cento e USIMINAS PNA ganhou 1,1 por cento.
- VALE ON teve valorização de 2,22 por cento, em dia de ganhos também para os contratos futuros do minério de ferro na China.
- FIBRIA ON avançou 3,16 por cento e SUZANO PAPEL E CELULOSE ON ganhou 2,41 por cento, tendo no radar comentários de analistas do Itaú BBA, com perspectivas positivas para os preços da celulose, principalmente em 2019 e 2020, movimento amparado ainda na disciplina no lado da oferta, que deve levar a preços e margens mais estáveis.
- PETROBRAS PN teve alta de 1,19 por cento, fechando no patamar de 17 reais pela primeira vez desde o início de novembro, e PETROBRAS ON subiu 1,57 por cento, em sessão também positiva para os preços do petróleo no mercado internacional.
- KROTON ON caiu 4,44 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, com analistas cautelosos diante da possibilidade de concorrência mais forte para a empresa, principalmente na área de ensino à distância.
- OI ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 1,14 por cento em dia que o principal acionista do grupo em recuperação judicial convocou assembleia para discutir objeções à aprovação de plano de reestruturação por credores. A convocação ocorreu apesar de homologação do plano pelo juiz encarregado pela recuperação do grupo.Mais lidas
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