Economia

Petrobras faz nova proposta de acordo trabalhista mas mantém reajuste ofertado

Empresa e sindicatos vêm negociando um acordo desde setembro, sem obter sucesso

Por Reuters 12/12/2017 21h49
Petrobras faz nova proposta de acordo trabalhista mas mantém reajuste ofertado
Reprodução - Foto: Assessoria

A Petrobras apresentou nesta terça-feira nova proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017-2019, mantendo a reposição da inflação com reajuste de 1,73 por cento retroativo a setembro, e prevê que o acordo seja assinado nos próximos dias, informou a petroleira estatal em nota à imprensa.

Empresa e sindicatos vêm negociando um acordo desde setembro, sem obter sucesso. Petroleiros chegaram a aprovar uma greve em assembleias no mês passado, mas nenhuma data foi marcada. A nova proposta está agora em avaliação.

A empresa destacou que a proposta garante que as cláusulas sociais do acordo tenham vigência de dois anos e assegura o reajuste econômico de 2018 pelo IPCA acumulado do período do início de setembro deste ano até o fim de agosto de 2018 em todos os itens econômicos do ACT.

Entre as mudanças da proposta está a manutenção do adicional de horas extras em 100 por cento, assim como da forma de pagamento da gratificação de férias.

Segundo a Petrobras, está mantida a opção de redução de jornada de trabalho com redução proporcional de remuneração, incluindo a possibilidade de os empregados que atuam no regime administrativo flexível ou fixo optarem pela redução de cinco para quatro dias trabalhados por semana.

“A redução opcional de jornada de 8h para 6h continuará sendo oferecida aos trabalhadores do regime administrativo com horário flexível”, disse a empresa na nota.

O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) --que representa 13 sindicatos de petroleiros-- Deyvid Bacelar afirmou à Reuters que a nova proposta ainda está sob avaliação e que a federação deverá chegar a um indicativo sobre o tema até quinta-feira desta semana.

“Como a inflação está muito baixa, o valor do reajuste não chegou a ser algo que está abalando muito as negociações neste ano, o que nós não queremos é perder direitos adquiridos anteriormente”, disse Bacelar.