Economia

Dólar fecha em queda nesta quarta-feira pelo quarto dia seguido

Moeda norte-americana fechou em queda de 0,11%, vendida a R$ 3,2305, após PMDB fechar apoio à reforma da Previdência

Por Reuters 06/12/2017 16h57
Dólar fecha em queda nesta quarta-feira pelo quarto dia seguido
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar fechou em leve queda nesta quarta-feira (6), pela quarta sessão seguida, com os investidores menos preocupados com as negociações do governo para conquistar apoio político necessário para a votação da reforma da Previdência ainda neste ano na Câmara dos Deputados.

O dólar caiu 0,11%, a R$ 3,2305 na venda, acumulando desvalorização de 1,26% em quatro pregões.

Na reta final deste pregão, o dólar mudou de rumo e passou a cair sobre o real após a notícia de que o PMDB, partido do presidente Michel Temer, fechou questão a favor da reforma da Previdência. Ou seja, obriga que os deputados da legenda votem a favor da matéria, sob risco de punições caso contrário.

"O mercado se animou com o PMDB porque, à medida que vai avançando a negociação com os partidos, crescem as expectativas de que a reforma vai ser aprovada este ano", disse à Reuter o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

O movimento foi visto como importante para levar outros partidos da base aliada a adotarem a mesma posição. O governo tem feito esforços para garantir apoio político para a reforma.

Temer se reuniu com líderes de partidos da base nesta manhã para fazer avaliação dos votos que o governo tem. Após o encontro, integrantes da base governista avaliaram que o clima entre os aliados mudou, a resistência diminuiu e a reforma teria chances de ser votada na próxima terça-feira na Câmara dos Deputados.

Como o trabalho de convencimento tem sido árduo, inclusive envolvendo verbas extras por meio de emendas parlamentares, o mercado passou o dia mais cauteloso. O dólar chegou a subir a R$ 3,2506 na máxima do dia, movimento que perdeu força de vez no final dos negócios.

"O mercado vê como positiva a articulação para a reforma ser votada neste ano, mas como não há certeza de nada, fica arisco", afirmou mais cedo o gerente de Tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini. "A instabilidade é comum quando o mercado não consegue fazer uma previsão forte", acrescentou.

A reforma da Previdência é tida como fundamental pelos agentes econômicos para colocar as contas públicas do país em ordem.

O Banco Central vendeu o total de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de janeiro. Até agora, rolou o equivalente a US$ 2,8 bilhões do total de US$ 9,638 bilhões que vencem no mês que vem.