Economia

Bovespa sobe com perspectiva favorável sobre reforma da Previdência

Na véspera, Ibovespa subiu 1,14%, a 73.090 pontos

Por G1 05/12/2017 16h52
Bovespa sobe com perspectiva favorável sobre reforma da Previdência
Reprodução - Foto: Assessoria

Após subir acima de 1% mais cedo, o principal índice acionário da B3 perdeu força mas ainda operava com ganhos nesta terça-feira (5), buscando manter o tom favorável da véspera diante de melhora no otimismo em torno das negociações para a votação da reforma da Previdência, segundo a Reuters.

Às 13h15, o Ibovespa subia 0,68%, a 74.023 pontos.

O mercado tem mostrado forte sensibilidade às negociações do governo do presidente Michel Temer para angariar apoio e conseguir colocar a reforma em votação na Câmara dos Deputados ainda este ano. Neste sentido, apesar do cenário mais otimista, operadores não descartam volatilidade ao longo da sessão e nos próximos pregões, dependendo do noticiário.

A expectativa é que alguns partidos, incluindo o PSDB, decidam se vão fechar questão para votar a favor da reforma, o que deixaria o governo mais perto de conseguir os 308 votos necessários na Câmara.

Nesta sessão, uma fonte disse à Reuters que a bancada do PMDB na Câmara decidiu pelo fechamento de questão a favor da reforma e deve formalizar pedido para a Executiva Nacional do partido oficializar a decisão.

"Esse é o jogo do dia e a posição do PSDB forçará outros partidos da base para o fechamento de questão", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, em nota a clientes.

Destaques

Os destaques de alta ficavam com a Vale, Petrobras, JBS, Santander e Itaú Unibanco.

A Vale subia mais cedo, após o Credit Suisse elevar a recomendação para os ADRs da empresa para outperform, ante neutra, elevando o preço-alvo para US$ 15, de US$ 9,50. Na máxima da sessão até o momento, o papel subiu 1,55% e alcançou R$ 37,4, maior cotação desde setembro de 2011. O tom positivo era sustentado apesar da queda modesta para os contratos do minério de ferro na China nesta sessão.

A JBS estava entre as maiores altas do Ibovespa, engatando o quarto pregão seguido no azul e após subir 8% na véspera. Apesar da sequência de ganhos, o papel ainda é negociado abaixo do patamar que estava antes da delação dos executivos da empresa, em meados de maio.

A Petrobras avançava na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional e tendo como pano de fundo a atuação da empresa para melhorar o perfil da dívida. A petroleira informou que fechou um contrato de financiamento de US$ 5 bilhões com o China Development Bank (CDB), com vencimento em 2027, ao mesmo tempo em que anunciou pré-pagamento do saldo devedor de US$ 2,8 bilhões de um empréstimo contratado com o banco em 2009.

O Santander Unit avançava, tendo no radar a informação de que a gestora de recursos do banco assumirá a gestão de fundos locais do J.P. Morgan no Brasil. Segundo analistas da corretora Coinvalores, a notícia é favorável para o banco, mas tem um impacto apenas marginal no seu resultado consolidado.

O Itaú Unibanco subia, corroborando o tom positivo do índice devido ao peso em sua composição.

Véspera

Na véspera, o bom humor veio na esteira de reuniões ao longo do fim de semana e declarações mais otimistas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a votação da reforma da Previdência. Embora tenha afirmado que o governo ainda está distante de ter os votos necessários para a aprovação do texto, Maia disse que a base aliada está organizada.