Economia
Brasil cresce só 0,1% no 3º tri, mas investimentos têm melhor desempenho em 4 anos
PIB do Brasil subiu 0,1 por cento entre julho e setembro passado sobre o segundo trimestre, terceiro período seguido de expansão
A economia brasileira ficou praticamente estagnada no terceiro trimestre deste ano, mas os investimentos mostraram o melhor desempenho em quatro anos, indicação de que a retomada da atividade pode ter ganhado fôlego depois do mais longo período de recessão enfrentado pelo país.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,1 por cento entre julho e setembro passado sobre o segundo trimestre, terceiro período seguido de expansão. Sobre o terceiro trimestre de 2016, o PIB cresceu 1,4 por cento, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado trimestral veio abaixo do esperado por analistas ouvidos em pesquisa da Reuters, que apontava que a economia cresceria 0,3 por cento entre julho e setembro na comparação com o trimestre anterior.
No entanto, o IBGE revisou para cima o desempenho do segundo trimestre na margem para mostrar crescimento de 0,7 por cento, sobre avanço de 0,2 por cento informado antes.A pesquisa da Reuters mostrou ainda que, pela mediana das projeções, a expectativa era de que PIB cresceria 1,3 por cento sobre o terceiro trimestre de 2016. [L1N1NU0US]
“O crédito melhorou, os juros caíram, a inflação recuou de forma significativa. São os vários fatores conjunturais que ajudaram a economia no período”, afirmou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimentos, mostrou expansão de 1,6 por cento no terceiro trimestre, na margem, melhor resultado desde o segundo trimestre de 2013 (+3,2 por cento). Na comparação anual, esse setor mostrou contração de 0,5 por cento.
“Percebemos sinais mais favoráveis que sustentam a avaliação de recuperação mais consistente. Há indicações de que talvez o pior tenha ficado para trás em relação aos investimentos”, afirmou o economista do banco Santander Rodolfo Margato, acrescentando que adotou viés de alta para sua projeção de expansão de 0,8 por cento para o PIB neste ano.
“Após os dados de hoje, aumentou muito a probabilidade de o PIB mostrar crescimento de 1 por cento.”
Os investimentos haviam secado conforme a economia brasileira entrou em recessão, a mais profunda em um século. Com endividamento e capacidade ociosa elevados, os agentes econômicos evitavam desembolsos produtivos.
Segundo Rebeca, do IBGE, os destaques em investimentos foram importação de bens de capital e máquinas de equipamento, sobretudo para a indústria automotiva.
Com os juros básicos caminhando para mínimas históricas, empresas têm tido mais facilidade para quitar dívidas e financiar planos de expansão. As concessões de infraestrutura também devem ter começado a dar frutos no terceiro trimestre.
O IBGE mostrou ainda que o consumo das famílias cresceu 1,2 por cento no terceiro trimestre sobre os três meses anteriores, enquanto que o do governo recuou 0,2 por cento, em meio à forte crise fiscal.
Na mesma comparação, o setor agropecuário recuou 3 por cento, como o esperado por questões sazonais, mas a indústria e serviços cresceram 0,8 e 0,6 por cento, respectivamente.
Um dos destaques positivos foi o subsetor de Comércio, com alta de 1,6 por cento sobre o segundo trimestre, também se beneficiando dos juros menores e da melhora do mercado de trabalho.Mais lidas
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