Economia

Governo prevê R$ 44,5 bilhões a mais em gastos e R$ 14,5 bilhões em receitas

Números estão na mensagem modificativa do orçamento de 2018

Por Fonte: G1 30/10/2017 20h45
Governo prevê R$ 44,5 bilhões a mais em gastos e R$ 14,5 bilhões em receitas
Reprodução - Foto: Assessoria
O governo federal elevou em R$ 44,5 bilhões sua estimativa de gastos para o próximo ano, e também reestimou para cima, em R$ 14,5 bilhões, a arrecadação líquida de transferências em 2018.

Com isso, foi preenchido o espaço de R$ 30 bilhões a mais (R$ 44,5 bilhões a mais em gastos menos R$ 14,5 bilhões em novas receitas) que o governo conseguiu ao mudar a meta fiscal do ano que vem, de até R$ 129 bilhões para até R$ 159 bilhões de rombo nas suas contas.

A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 foi mantida em 2% de alta, embora o mercado financeiro preveja uma alta maior, da ordem de 2,5% para o próximo ano.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda que o PIB pode crescer até 3% em 2018 - o que contribuiria para elevar mais a arrecadação na peça orçamentária. "Existem previsões de que pode atingir 3%. Vamos fazer uma revisão proximamente, mas não me surpreenderia se já estiver acima de 3% para 2018", disse ele, em entrevista à EBC.

Os números constam na mensagem modificativa do orçamento de 2018, divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Planejamento. A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional. Isso porque a proposta de orçamento original, enviada ao Legislativo em agosto deste ano, não contemplava a alteração da meta fiscal do ano que vem.

O governo federal resolveu aguardar o fim do julgamento da denúncia do presidente Michel Temer na Câmara para enviar o texto definitivo ao Congresso - o que dificulta o atingimento da meta fiscal do ano que vem.

Na mensagem modificativa do orçamento do ano que vem, o governo já previu a arrecadação com as medidas anunciadas em agosto deste ano, como mudanças na tributação de fundos de investimentos, reoneração da folha de pagamentos e aumento da contribuição previdenciária de servidores.

Além disso, também conta com a postergação de reajuste de servidores por um ano. A maior parte das medidas ainda não foi encaminhada ao Congresso Nacional.