Economia

Ibovespa fecha em queda e mercado exibe volume reduzido

Giro financeiro seguiu fraco no pregão e somou 5,86 bilhões de reais

Por Reuters 20/07/2017 18h50
Ibovespa fecha em queda e mercado exibe volume reduzido
Reprodução - Foto: Assessoria

O principal índice da bolsa paulista fechou em leve queda nesta quinta-feira, com o mercado mostrando volume de negócios abaixo da média diária para o mês até a véspera apesar da estreia na B3 das ações do Carrefour Brasil. O desempenho foi pressionado pela continuada incerteza política e redução na atividade de investidores estrangeiros, típica para o mês.

O Ibovespa fechou em queda de 0,37 por cento, a 64.938 pontos, perdendo o patamar os 65 mil pontos que sustentou nos cinco pregões anteriores.

O giro financeiro seguiu fraco no pregão e somou 5,86 bilhões de reais, apesar do IPO do Carrefour Brasil, cujas ações fecharam em queda. O volume ficou abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 6,46 bilhões de reais, e muito inferior à media diária do ano, de 8,09 bilhões de reais.

Depois de acumular alta de 5 por cento na semana passada, o Ibovespa tem operado em intervalos mais curtos nos últimos dias, com investidores evitando grandes movimentos, em meio à relativa calmaria do noticiário político.

"Não dá para apostar em queda da bolsa com juros em queda, mas também não vejo nenhum cenário de grande euforia (para justificar uma tendência de alta)", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.

O noticiário corporativo aos poucos volta a ganhar destaque na bolsa, com divulgações de prévias operacionais e de balanços, o que deve ganhar mais força na próxima semana, enquanto o noticiário político permanece mais tranquilo em meio ao recesso do Congresso Nacional.

Após o fechamento do mercado, o governo anunciou o aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre combustíveis, além de um contingenciamento adicional de 5,9 bilhões de reais, conforme busca meios para cumprir a meta fiscal deste ano.

No exterior, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão mantiveram suas políticas monetárias, sendo que o primeiro manteve a porta aberta para impulsionar as suas compras de títulos. As decisões mantém a atratividade a ativos considerados de maior risco, como os de países emergentes.

Destaques

- CARREFOUR BRASIL ON, que estreou nesta quinta-feira na bolsa paulista B3 e não faz parte do Ibovespa, encerrou os negócios a 14,90 reais, queda de 0,67 por cento em relação à precificação de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), de 15 reais. Na mínima do dia, a ação foi negociada a 14,36 reais, em queda de 4,27 por cento ante o preço do IPO, e na máxima subiu 0,27 por cento, a 15,04 reais.

- GPA PN, maior concorrente do Carrefour no Brasil, fechou em alta de 1,76 por cento.

- VALE PNA caiu 3,71 por cento e VALE ON recuou 3,95 por cento. No radar estava a divulgação de dados do segundo trimestre, incluindo produção recorde de minério de ferro para o período, embora a empresa tenha destacado que a produção no ano ficará perto do limite inferior da faixa projetada. Analistas do BTG Pactual esperam que o resultado do segundo trimestre seja fraco devido a embarques menores e preço realizado deprimido. Também pressionado os papéis estava a queda dos contratos futuros do minério de ferro na China nesta quinta-feira.

- PETROBRAS PN perdeu 0,98 por cento PETROBRAS ON recuou 1,52 por cento, firmando-se no negativo após subir nos dois pregões anteriores e com os preços do petróleo no mercado internacional migrando para o território negativo.

- CYRELA ON subiu 3,58 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, após a incorporadora divulgar seus dados operacionais, com alta de 7 por cento nos lançamentos de imóveis no segundo trimestre ante um ano antes, enquanto as vendas líquidas contratadas somaram 756 milhões de reais, aumento de 35,4 por cento.