Economia
Governo vai aumentar impostos sobre combustíveis nesta quinta-feira
Ministro da Fazenda disse à jornalista Miriam Leitão que está analisando contas públicas e elevará impostos "se necessário"
A entrevista de Meirelles vai ao ar no programa de entrevistas da jornalista Miriam Leitão na GloboNews, nesta quarta-feira, às 21h30.
O imposto que aumentará é o PIS-Cofins incidente sobre todos os combustíveis (gasolina, etanol e diesel). A equipe econômica chegou a cogitar elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas desistiu. A contenção de gastos públicos será mantida.
Meirelles disse que a equipe econômica poderá anunciar o aumento durante a divulgação do relatório fiscal bimestral.
"Vamos estar analisando ao decorrer do dia de hoje os cálculos para podermos amanhã, no relatório fiscal bimestral, já definir se é necessário definir um aumento de impostos ou não", disse Meirelles.
Questionado qual seria o imposto a ser elevado, se necessário, Meirelles falou que o PIS e Cofins sobre combustíveis seriam os maiores candidatos. "O PIS Cofins é o candidato mais provável. Ele sobre o combustível tem uma vantagem que pode ser feito por decreto e começa a vigorar imediatamente", afirmou.
Entre as possibilidades de aumento de impostos, o governo avaliou o aumento da Cide, uma contribuição sobre o combustível. O PIS e Cofins são impostos cobrados sobre a folha de pagamento, sobre o faturamento das empresas e sobre a importação de bens e serviços.
Crise fiscalO governo está com dificuldade de fechar as contas públicas. O mercado financeiro já prevê um rombo de R$ 145 bilhões neste ano, acima da meta fiscal fixada para 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões.
A arrecadação do governo com impostos e tributos neste ano tem ficado abaixo da esperada devido à demorada na retomada do crescimento econômico. Nos primeiros seis meses deste ano, a arrecadação teve um aumento real de apenas 0,77%. O resultado, porém, só foi positivo devido ao aumento das receitas com royalties do petróleo.
O governo anunciou um corte de R$ 42 bilhões no orçamento para tentar ajustar as contas públicas. O enxugamento, no entanto, afetou serviços públicos, como a emissão de passaportes.
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