Economia

Bovespa fecha no maior patamar desde as primeiras notícias sobre as delações da JBS

Ibovespa subiu 0,4%, aos 65.436 pontos; na semana, a bolsa subiu 5%

Por G1 14/07/2017 18h36
Bovespa fecha no maior patamar desde as primeiras notícias sobre as delações da JBS
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal indicador da Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira (14), e terminou a semana no maior patamar desde a véspera da divulgação das primeiras notícias sobre as delações da JBS envolvendo o governo de Michel Temer.

O Ibovespa subiu 0,4%, aos 65.436 pontos.

Na semana, a bolsa subiu 5%. No mês e no ano, há alta acumulada de 4,03% e 8,65%, respectivamente.

Este é o maior patamar de fechamento desde o dia 17 de maio - dia em que foram divulgadas, após o final do pregão, as primeiras notícias sobre a gravação que o empresário Joesley Batista fez de conversa com o presidente Temer. No dia seguinte, a bolsa desabou mais de 8%.

Cenário interno

Segundo a Reuters, o desempenho positivo ao longo desta semana veio na esteira de uma série de notícias no cenário político, com destaque para a aprovação da reforma trabalhista e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário externo mais favorável a ativos de risco também contribuiu para as recentes altas, destaca a agência de notícias.

No cenário político, o plenário da Câmara dos Deputados deixou para 2 de agosto a votação da autorização para que o presidente Michel Temer possa ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva. Na quinta-feira, o Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou o parecer do deputado Serio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização, e depois aprovou um outro parecer contrário à denúncia de Temer.

"Com isso, o governo ganha tempo para seduzir parlamentares, mas também corre o risco de delações e de nova denúncia. De qualquer forma, o recesso parlamentar tenta suavizar a crise política que segue grave", escreveu o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira, ainda segundo a Reuters.