Economia

Maggi viajará aos Estados Unidos para discutir retomada de exportações de carne

Ministério ainda não divulgou previsão da agenda que será cumprida pelo ministro durante viagem

Por Agência Brasil 13/07/2017 17h53
Maggi viajará aos Estados Unidos para discutir retomada de exportações de carne
Reprodução - Foto: Assessoria

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi deverá reunir-se na próxima segunda-feira (17) com o secretário de Agricultura do governo norte-americano, Sonny Perdue, em Washington, para discutir a retomada de exportações de carne para os Estados Unidos. A viagem foi confirmada pelo secretário-executivo da pasta, Eumar Novacki, que está em Genebra participando de reunião do Codex Alimentarius, grupo vinculado à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentacão (FAO).

A visita ocorre após a suspensão, no final de junho, de todas as importações de carne fresca do Brasil, devido a preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado americano. Maggi havia manifestado a intenção de ir pessoalmente aos Estados Unidos depois da decisão norte-americana e, em coletiva de imprensa no mês passado, Novacki disse que o ministro viajaria apenas se fosse confirmada reunião com Perdue.

O Ministério da Agricultura ainda não divulgou a previsão da agenda que será cumprida pelo ministro durante a viagem.

Foram 17 anos de negociações para que o Brasil conseguisse exportar carne fresca para os Estados Unidos, o que se concretizou em setembro do ano passado. No total, 15 plantas frigoríficas exportavam carne in natura para os Estados Unidos e acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões com esse comércio.

Motivos

Para a pasta, os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações. A aparência fica comprometida, segundo o ministério, mas o produto não oferece nenhum risco a saúde.

O Brasil exporta para os Estados Unidos a parte dianteira do boi inteira, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.

Soluções

Para solucionar a questão, o ministério determinou que os frigoríficos brasileiros passassem a exportar para os Estados Unidos carnes in natura de cortes dianteiros apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, o que permitiria a retirada dessas partes.

Seis entidades do agronegócio propuseram outra solução: pediram ao governo federal, nesta semana, uma mudança na composição da vacina contra febre aftosa aplicada em todo rebanho bovino. A mudança seria necessária para evitar esses abscessos. O ministério já havia anunciado que investigaria os lotes de vacinas contra febre aftosa aplicadas nos animais.