Economia

Bovespa fecha em alta nesta segunda, em movimento de ajuste

Na sexta-feira (7), o Ibovespa registrou queda de 0,24%

Por G1 10/07/2017 19h47
Bovespa fecha em alta nesta segunda, em movimento de ajuste
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta segunda-feira (10), em movimento de ajuste após sucessivas quedas. Ainda assim, os investidores se mantiveram cautelosos diante da incerteza política, avaliando possíveis impactos da crise no andamento das reformas no Congresso.

O Ibovespa terminou o pregão a 63.025 pontos, alta de 1,13%.

"O mercado está apenas com o pessoal do giro. Não tem ninguém tomando posição suficientemente grande nem na compra nem na venda", disse à Reuters o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

Destaques

As preferenciais da Vale subiram 2,18% e as ordinárias tiveram ganho de 2,84%, acompanhando a alta dos contratos futuros do minério de ferro na China.

As ordinárias da JBS avançaram 1,89%. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição das operações de carne bovina da JBS na Argentina, Paraguai e Uruguai pela Minerva, apesar da suspensão da operação pela Justiça Federal. Os papéis da Minerva, que não fazem parte do Ibovespa, subiram 0,4%.

As preferenciais do Bradesco subiram 1,11% e as do Itaú ganharam 0,8%, ajudando o movimento de recuperação do Ibovespa devido ao peso dos papéis em sua composição, lembra a Reuters.

Os papéis preferenciais da Petrobras avançaram 0,42%, enquanto os ordinários tiveram valorização de 0,16%, abandonando as perdas vistas mais cedo, conforme os preços do petróleo também inverteram o rumo e fecharam no azul.

As ações da Eletrobras lideraram as perdas dentro do Ibovespa. As preferenciais caíram 4,08% e as ordinárias, 4,09%. Na semana passada, os papéis tiveram fortes altas, na esteira da divulgação de plano do governo de ampla reforma para o setor elétrico, reforça a agência.

As preferenciais da Gol, que não fazem parte do Ibovespa, subiram 5,9%, após divulgação de dados de tráfego de junho, com analistas destacando o crescimento na taxa de ocupação, apesar da queda da demanda.

Cenário político

As preocupações com o quadro político foram intensificadas desde a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, lembra a Reuters. Nesta segunda, o relator da denúncia, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentará seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O texto será votado no colegiado, que conta com 66 deputados e terá resultado por maioria simples, antes de seguir para o plenário.

"Durante todo o final de semana, o Planalto se mobilizou para ganhar essa votação, que pode ser simbólica para a tendência do plenário", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.

O mercado tem monitorado de perto os impactos da crise no andamento das reformas. Neste sentido, a expectativa segue pela votação da reforma trabalhista pelo plenário do Senado, prevista para acontecer na terça-feira (11), destaca a agência.

Última sessão

A bolsa de valores de São Paulo encerrou a última semana em queda. O Ibovespa caiu 0,92% na primeira semana de julho, para 62.322 pontos. Na sexta-feira (7), o índice registrou queda de 0,24%.