Economia
Dólar oscila nesta terça, com baixa liquidez e cautela com cena política
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,23%, vendida a R$ 3,3051
Às 16h19, a moeda norte-americana subia 0,12%, vendida a R$ 3,3091.
"O mercado vai monitorar o cenário político local, em dia de sessão esvaziada", afirmou à Reuters o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.
Os mercados financeiros norte-americanos estavam fechados nesta sessão por conta do feriado de 4 de Julho, tirando dos investidores importantes referências e limitando o volume de negócios.
No campo interno, a cena política continuava como protagonista, com o mercado à espera de novos desdobramentos relativos ao andamento das reformas no Congresso Nacional. Nesta sessão, por exemplo, o Senado pode votar o pedido de urgência da reforma trabalhista, o que será uma demonstração, ou não, de força política do presidente Michel Temer, denunciado por crime de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F.
Na véspera, o mercado respirou um pouco mais aliviado após o ex-assessor de Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) deixar a prisão preventiva, ainda que com restrições, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um aliado do atual governo, ter recebido o aval para retornar às atividades do seu mandato.
No entanto, no final da tarde, a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima voltou a colocar mais pressão nos ânimos, com temores de que isso possa prejudicar ainda mais a defesa de Temer.
No exterior, o dólar subia ante divisas de países emergentes, como o rand e o peso mexicano, e também frente a uma cesta de moedas.
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercaado de câmbio, por ora. Em agosto, vencem US$ 6,181 bilhões em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares.
Véspera e acumuladoNa véspera, a moeda norte-americana caiu 0,23%, vendida a R$ 3,3051, com certo alívio diante do cenário político doméstico e também com baixo volume de negócios.
Em junho, a moeda acumulou alta de 2,36% sobre o real, na segunda alta mensal seguida. No 2º trimeste, a valorização foi de 5,8%, maior salto em três meses desde o período entre julho e setembro de 2015 (26,77%). No semestre e no ano, o avanço foi de 1,94%.
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