Economia
Consumidores de energia elétrica avaliam positivamente serviços de prestadoras
Números foram divulgados hoje (26) pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energias Elétrica (Abradee)
Dados da pesquisa de satisfação dos consumidores residenciais de energia elétrica mostram que 76,8% avaliaram positivamente os serviços prestados pelas empresas de energia. Os números foram divulgados hoje (26) pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energias Elétrica (Abradee) e se referem a 2017. No total foram entrevistados 26.575 consumidores, em 871 municípios em todos os estados brasileiros. O percentual de satisfação apresenta um pequeno aumento em comparação com o registrado no ano passado, quando o índice de satisfação foi de 74,4%.
Em comparação com as diferentes regiões do país, os dados da pesquisa mostram que a Região Sul apresenta o maior índice de satisfação, com 87,8%, ante os 82,9% de 2016. Em seguida aparece a Região Nordeste, com 77,6%, índice praticamente estável se comparado com 2016, quando foi de 77,5%. Logo depois vem o Sudeste, com índice de satisfação de 75,4%, contra 73,1%. O Norte e o Centro-Oeste aparecem com satisfação de 68,2%. Em 2016, o índice foi de 63,4%.
O principal motivo de insatisfação dos consumidores registrado na pesquisa ficou por conta de problemas na comunicação das empresas, a exemplo da informação sobre cortes de energia programados, orientações para o uso adequado de energia, entre outros. Apenas 66,2% dos entrevistados se disseram satisfeitos com as informações prestadas, número praticamente igual ao do ano passado, quando 66% manifestaram satisfação.
Já a conta de luz obteve a melhor avaliação, com 85,7% de satisfação, ante 84,9% em 2016. Na avaliação contam itens como o prazo entre recebimento e data de vencimento, conta sem erros de informação e disponibilidade de locais para pagamentos. Apesar da avaliação, o índice ainda é menor do que o registrado em 2014 e 2015, quando superou os 90%.
Já o atendimento ficou com 77,2%, contra 73%7, em 2016; e o fornecimento, quando o cliente avalia tempo de utilização sem interrupção no fornecimento de energia e a rapidez no restabelecimento quando há queda de luz, aparece logo em seguida. Em 2016, o índice de satisfação foi de 73,9%, subindo para 76,4%.
O setor, que atende 99,7% dos domicílios, registrou um aumento de 2,2 milhões de novas ligações elétricas no ano passado, totalizando 81 milhões de unidades consumidoras e atendendo, no ano passado, a uma população de 206,8 milhões de habitantes.
A receita bruta das distribuidoras de energia no ano passado foi de R$ 216 bilhões, o que representa uma participação de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Foram realizados investimentos de R$ de 13,78 bilhões de reais.
De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, os dados mostram que o setor está voltando ao registrado no período da crise energética de 2015. “Estamos fazendo um plano para entregar ao governo e à Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] visando facilitar os investimentos no setor. Esse ano acreditamos que vai ficar no mesmo patamar porque ainda temos os mesmos gargalos do ano passado. Mas o ideal era que tivéssemos 50% a mais de investimentos, algo da ordem de R$ 6 bilhões”, disse.
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