Economia

Bovespa fecha praticamente estável nesta segunda-feira

Na semana passada, a bolsa acumulou recuo de 2,46%

Por G1 05/06/2017 18h59
Bovespa fecha praticamente estável nesta segunda-feira
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta segunda-feira (5), após alternar entre leves altas e baixas durante o pregão. Segundo a Reuters, os investidores seguiam cautelosos diante do cenário político incerto na véspera do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que decidirá Michel Temer fica ou não na presidência.

O Ibovespa terminou o dia em queda de 0,1%, a 62.450 pontos.

Na semana passada, a bolsa acumulou recuo de 2,46%.

Destaques

As ações ordinárias da Smiles ficaram entre os destaques de alta do pregão, com valorização de 3,37%. As preferenciais da Suzano subiram 3,17%.

Os papéis preferenciais da Petrobras terminaram o dia em alta de 1%, enquanto os ordinários (com direito a voto), subiram 1,75%. A petroleira anunciou nesta manhã que fez um pedido de certificação na B3 para aderir ao programa de governança para estatais. A empresa também pretende aderir ao segmento especial de listagem Nível 2 da B3, classe da Bovespa com regras mais rígidas de governança corporativa.

Na outra ponta, as ações ordinárias da Estácio caíram 7,02% e as da Kroton, 3,19%, após notícia divulgada pela agência Reuters de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou o julgamento sobre a fusão entre as duas empresas para o dia 28 de junho e propôs duros remédios para aprovar o negócio. Entre as possíveis medidas impostas pelo órgão, estariam a venda da Anhanguera, adquirida pela Kroton em abril de 2013, ou até mesmo de toda a marca Estácio.

As ações ordinárias da Cosan também recuaram 4,11% e as da JBS, 4,08%.

Cenário político

O mercado apresenta volatilidade desde que eclodiram as denúncias envolvendo Michel Temer, com investidores monitorando a crise política à espera de clareza sobre a permanência do presidente no cargo e sobre a continuidade do andamento das reformas.

Na terça-feira (6), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar se Temer fica ou não no comando do país, em decorrência de uma ação movida pelo PSDB em 2014 que pede a cassação da chapa vencedora da eleição presidencial daquele ano por suposto abuso de poder político e econômico.

A previsão é de que o julgamento só termine na noite de quinta-feira (8) e que o ritmo de trabalho do Congresso fique reduzido até lá.

Os investidores também evitavam tomar posições diante da prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, no último sábado, no âmbito do inquérito em que ele e o presidente são investigados por suspeitas de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa.

Na sexta-feira (2), operadores disseram à Reuters que uma eventual prisão de Loures poderia voltar a complicar a situação de Temer, diante da possibilidade de uma delação.