Às 15h56, o Ibovespa caía 0,36%, aos 62.672 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% no primeiro trimestre de 2017, após dois anos de recessão. Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia encolheu 0,4%. Tecnicamente, o resultado tira o Brasil da pior recessão de sua história. Para boa parte dos economistas, entretanto, ainda é cedo para decretar que a crise acabou.

Para analistas da corretora Lerosa Investimentos, os números são positivos, mas não o suficiente para "se comemorar com entusiasmo", uma vez que já eram esperados e com os receios em torno do cenário político ainda elevados, segundo a Reuters.

O governo segue tentando mostrar normalidade na condução da agenda no Legislativo desde a crise que atingiu o Planalto, após denúncias contra o presidente Michel Temer. Essa expectativa por andamento nas reformas tem amparado alguma tentativa de recuperação do Ibovespa, embora operadores destaquem que ainda é preciso mais clareza sobre a situação política para que o índice retome um viés claro de alta.

Na véspera, o Banco Central também confirmou as expectativas do mercado e cortou a Selic em mais 1 ponto percentual, para 10,25% ao ano, mas indicou uma desaceleração no ritmo, em meio à crise política.

O tom positivo nesta sessão ainda era amparado pelo desempenho favorável em Wall Street, que subia na esteira de dados melhores que o esperado do emprego no setor privado.

Na véspera, a Bovespa fechou em queda de 1,96%, aos 62.711 pontos. Em abril, o índice acumulou baixa de mais de 4%, com a cautela ainda prevalecendo diante do cenário político conturbado em meio às incertezas sobre o andamento das reformas em meio à forte crise que abala o Planalto desde as denúncias contra o presidente Michel Temer.

BB Seguridade liderava as altas do dia, com avanço de mais de 3%.

A Cosan ON avançava mais de 2%. Analistas do UBS melhoraram a recomendação para os papéis da empresa para compra, ante neutra, afirmando que a empresa tem bons fundamentos.

A Petrobras PN operava quase estável, e ON subia perto de 0,5%, revertendo as perdas da véspera em sessão mista para os preços do petróleo no mercado internacional.

Na outra ponta, Bradespar e Eletrobras caíam mais de 3%.

A JBS ON de direção e recuava mais de 1%, após a sua holding fechar acordo de leniência com o Ministério Público Federal. Os papéis da empresa têm mostrado forte volatilidade nas duas últimas semanas, desde a delação de seus executivos.

A Vale PNA recuava 0,58%, em mais um dia de perdas para os futuros do minério de ferro na China.