Economia
Bovespa fecha estável nesta quinta de olho em política; JBS sobe 22%
Ibovespa fechou com variação negativa de 0,05%
O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,05%, a 63.226 pontos.
Após a forte queda na semana passada, quando o Ibovespa perdeu mais de 8% na esteira da divulgação de conversa entre um dos sócios da JBS e o presidente Michel Temer, o movimento de ajuste vinha sendo guiado pela perspectiva otimista de avanço das reformas, mas sem que analistas apontassem uma sinalização de tendência, destaca a agência Reuters. Nos dois pregões anteriores, o Ibovespa acumulou alta de quase 2,6%.
"A gente continua com uma indefinição muito forte no quadro político... E a realidade é que vamos viver um mercado volátil até termos mais clareza", disse à Reuters o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.
JBS dispara 22%As ações da JBS lideraram a ponta positiva do Ibovespa, subindo 22,843%, em meio a receios sobre a governança corporativa desde as delações de seus executivos e expectativas sobre vendas de ativos do grupo controlador.
O jornal "O Estado de S. Paulo" publicou nesta quinta-feira que o grupo J&F Investimentos cogita vender sua participação nas empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor. Em nota, a J&F "nega que está vendendo ativos".
Apesar do forte avanço nesta quinta, as ações da JBS ainda acumulam queda de 27,75% no ano, segundo a provedora de informações financeiras Economatica. Em valor de mercado, a empresa encolheu 28% no ano, acumulando perdas de mais de R$ 8 bilhões no ano.
Operadores destacaram ainda, segundo a Reuters, que a volatilidade deve permanecer no papel da companhia e não descartaram a possibilidade de atuação neste pregão da tesouraria da JBS na compra das ações, o que poderia ter ajudado o movimento de alta.
Na véspera, o Ministério Público Federal (MPF) recusou R$ 4 bilhões, oferecidos pelo grupo J&F para firmar um acordo de leniência com o órgão.
Outros destaquesFibria ON ganhou 6,03% e Suzano PNA avançou 5,61%, entre as maiores altas do Ibovespa, favorecidas pelo anúncio de reajustes nos preços da celulose que as duas empresas fizeram na véspera.
Petrobras PN cedeu 1,43% e Petrobras ON teve baixa de 2,36%, revertendo os ganhos vistos mais cedo, conforme os preços do petróleo no mercado internacional ampliaram as perdas e pressionaram as ações da petrolífera brasileira. A estatal anunciou nesta quinta que exercerá direito de preferência em três das 8 áreas na segunda e na terceira rodada de licitações do pré-sal, que serão realizadas sob regime de partilha de produção em 27 de outubro.
Eletrobras PNB perdeu 3,23% e Eletrobras ON caiu 1,72%, devolvendo os ganhos vistos mais cedo, acompanhando mudança de humor no mercado e após altas da véspera.
Itaú Unibanco PN teve baixa de 1,88% e Bradesco recuou 0,69%, ajudando a tirar fôlego do Ibovespa devido ao peso dos papéis no índice.
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