Economia
Carrefour pede autorização para vender ações no mercado brasileiro
Oferta pública inicial de ações (IPO) deve acontecer "se as condições de mercado permitirem", diz o grupo

O documento foi entregue na noite de terça-feira (23). A CVM confirma o recebimento do protocolo, que está sob análise da área técnica.
O prospecto contém um histórico financeiro do Carrefour Brasil. De acordo com um resumo desses dados divulgados a investidores estrangeiros, a varejista teve lucro líquido de R$ 199 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 182 milhões no mesmo intervalo de 2016.
A receita líquida somou R$ 11,22 bilhões no período e o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização ajustado (Ebitda ajustado), que mede o potencial de geração de caixa, de R$ 729 milhões.
Um ano antes, esses indicadores estavam em R$ 10,47 bilhões e R$ 683 milhões, respectivamente.
Durante todo o ano de 2016, o lucro líquido foi de R$ 1,3 bilhão, a receita líquida de R$ 44,95 bilhões e o Ebitda ajustado de R$ 3,38 bilhões.
Em 2015, o lucro líquido chegou a R$ 985 milhões, a receita líquida a R$ 39,21 bilhões e o Ebitda ajustado a R$ 2,86 bilhões.
O Carrefour pondera que a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ocorrerá "se as condições de mercado permitirem".
Detalhes do IPOSegundo o prospecto preliminar, a oferta de ações terá distribuição primária (de novas ações) e secundária (dos sócios). Na secundária, serão vendidas ações dos controladores Carrefour Brasil (Atacadão S.A.), Carrefour, Carrefour Nederland e Península Participações (fundo de Abílio Diniz).
A operação será coordenada pelo Itaú BBA, com apoio do Bank of America Merrill Lynch, Goldmand Sachs, JP Morgan, Bradesco BBI e Santander Brasil.
Atualmente, o capital social da empresa é composto de 1.775.076.589 ações, totalizando R$ 4,05 bilhões. Ela pode aumentar o capital para 2.475.100.000 ações.
O dinheiro levantado na oferta primária será usado para o pagamento de "mútuos intercompany" (dívida interna, tomada entre empresas do grupo), liquidação de posições de swap detidas pela companhia (para mitigar a exposição cambial relacionada aos mútuos intercompany) e reforço de capital de giro.
O Brasil é o segundo maior mercado da companhia no mundo, atrás apenas da França. A rede tem presença em todo o país, com 498 lojas que empregam 72 mil pessoas. Globalmente, são 10,8 mil lojas com 364 mil funcionários, em 33 países.
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