Economia
Bovespa fecha em alta nesta terça, ainda de olho em crise política
Andamento das reformas econômicas no Congresso preocupa o mercado;o Ibovespa, principal indicador da bolsa, subiu 1,6%, aos 62.662 pontos
O principal índice Bovespa fechou em alta nesta terça-feira (23), em movimento de ajuste após as fortes quedas anteriores, em meio às incertezas do mercado diante crise política gerada por denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa, subiu 1,6%, aos 62.662 pontos.
No mês de maio, a bolsa acumula queda de 4,19%. No ano, há alta de 4,04%.
O mercado também repercute ainda a piora na perspectiva da nota de crédido do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), mas o foco continua sendo o rumo das reformas econômicas no Congresso.
Na segunda (22), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que a crise política pode atrasar a aprovação da reforma da Previdência, noticiou a colunista do G1 Thais Herédia. O atraso, segundo ele, seria de algumas semanas. Nesta terça, o ministro disse, em evento em São Paulo, que a agenda econômica vai continuar "independente de qualquer coisa" e não pode ser interrompida pela crise política.
Nesta tarde, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) entregou à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o parecer dele sobre a reforma trabalhista, favorável à aprovação do projeto. Logo após a entrega, estava prevista a apresentação do relatório, mas um bate-boca entre parlamentares da oposição e o relator fizeram com que a sessão fosse suspensa.
Sobre a reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou no dia anterior que a Casa deve começar a discutir e votar o projeto entre 5 e 12 de junho.
"Caso reformas andem, pouco importa quem é o presidente e também a observação negativa da S&P divulgada na noite de ontem", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes, segundo a Reuters. "Caso a resposta seja positiva para reformas, os ativos vão melhorar substancialmente no curtoprazo, ficando a crise política um evento paralelo e de cunho policial", completaram.
DestaquesOs papéis da JBS subiram 9,53%, após o tombo de mais de 30% no dia anterior. O papel teve dia de sobe e desce. Segundo a Reuters, chegou a cair 12% nesta sessão.
Desde a eclosão da crise política envolvendo as delações da empresa, a JBS já perdeu R$ 8 bilhões em valor de mercado. O cálculo foi feito com base em dados da Economatica.
Eletrobras também teve dia de forte alta, ganhando 5,32% nas preferenciais e 3,81% nas ordinárias. Nesta terça, o presidente da elétrica disse à Reuters que a companhia segue com o plano de privatizar subsidiárias e reduzir dívida. Na segunda-feira, a estatal anunciou um plano de aposentadoria voluntária para 4,6 mil funcionários e informou que contratou o banco BTG Pactual para assessorá-la em seu plano de venda de ativos.
Petrobras subiu 0,67% nas ações preferenciais e 0,77% nas ordinárias, enquanto a Vale avançou 0,64% nas preferenciais e 1,22% nas ordinárias.
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