Economia
Odebrecht troca presidente; Luciano Guidolin substitui Newton de Souza
Guidolin começou no grupo como estagiário e foi vice-presidente de inovação da petroquímica
A Odebrecht anunciou nesta sexta-feira a troca de comando. O executivo Luciano Guidolin substituirá Newton de Souza na presidência da Odebrecht S.A., a holding que reúne os negócios da companhia.
Guidolin, de 44 anos, assumiu o cargo de vice-presidente de investimentos do grupo Odebrecht no início deste ano. Antes disso, ele foi vice-presidente da unidade da divisão de Polímeros e de Tecnologia e Inovação da Braskem, petroquímica controlada pelo grupo.
Newton de Souza deixará as funções de executivo e será vice-presidente do conselho de administração da Odebrecht.
"A mudança é mais uma etapa no processo de transformação da Odebrecht. Nos últimos dois anos, Newton de Souza teve papel importante na coordenação das negociações que levaram à assinatura do Acordo de Leniência com o Ministério Público Federal no Brasil e a Justiça dos Estados Unidos e da Suíça. Acordos semelhantes estão sendo negociados em outros países", disse a Odebrecht, em comunicado.
Segundo a empresa, o novo presidente "dará continuidade à reestruturação empresarial e ao desafio de levar a Odebrecht de volta ao crescimento, a partir do compromisso assumido pelo grupo – o de atuar sempre com ética, integridade e transparência".
Carreira na BraskemGuidolin entrou no grupo como estagiário, nas empresas que depois foram agrupadas na Braskem - a petroquímica foi criada em 2012. Na divisão petroquímica, passou por diferentes áreas até chegar a vice-presidência de tecnologia e inovação e da divisão de polímeros.
O executivo também foi diretor de planejamento e financeiro da Odebrecht Agroindustrial. Na holding Odebrecht, empresa que reúne os diferentes negócios, foi vice-presidente de finanças e vice-presidente de Investimentos, cargo que ocupava neste momento.
Passagem de Newton de SouzaSouza assumiu a presidência do grupo Odebrecht interinamente quando o então presidente e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, foi preso. Souza assumiu o cargo definitivamente em dezembro de 2015, quando Marcelo renunciou à presidência do grupo e às posições que mantinha no conselho de outras empresas do grupo.
Advogado de formação, Souza era um executivo da "velha guarda" da Odebrecht e teve papel fundamental na negociação do acordo de leniência da empresa.
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