Às 14h19, a moeda norte-americana caía 0,58%, cotada a R$ 3,1485 na venda, depois de ter acumulado queda de 0,91% nos dois pregões anteriores.

"O mercado já precificou o desfecho da votação dos destaques (da reforma) e agora está no aguardo da votação em plenário", resumiu à Reuters a analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.

No início da semana, o governo conseguiu concluir a votação dos destaques à reforma da Previdência em comissão especial da Câmara dos Deputados com a aprovação de apenas um dos dez apresentados, minimizando novas alterações ao texto. A reforma é considerada fundamental para colocar as contas públicas em ordem.

Do lado da atividade econômica, indicadores continuam mostrando sinais de fraqueza da retomada. As vendas no varejo de março vieram piores que o esperado no mercado, indicando que a conjuntura atual abre espaço para intensificação do ritmo de corte da Selic. Segundo o IBGE, comércio varejista brasileiro recuou pelo segundo mês consecutivo, com queda de 1,9% em março em comparação com fevereiro.

Ontem, as chances de um corte mair na Selic em maio aumentaram com sinal de inflação baixa trazido pelo IPCA de abril, destaca o Valor Online. A principal incerteza reside, de acordo com especialistas, no campo político, principalmente o avanço da reforma da Previdência no Congresso, inibindo as apostas de uma flexibilização monetária mais agressiva.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em junho, vencem US$ 4,435 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,57%, a R$ 3,1668 na venda. No mês e no ano, o dólar acumula queda de 0,26% e 2,55% em relação ao real, respectivamente.