Economia

Bovespa termina a semana em alta, após recuo nos pregões anteriores

Ibovespa subiu 1,31%, aos 65.709 pontos; na semana, a bolsa subiu 0,47%

Por Reuters 05/05/2017 18h53
Bovespa termina a semana em alta, após recuo nos pregões anteriores
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da Bovespa subiu nesta sexta-feira (5), em movimento de ajuste amparado no cenário de menor aversão a risco no exterior, mas com investidores ainda cautelosos quanto ao avanço da reforma da Previdência em dia de agenda de balanços corporativos menos intensa.

O Ibovespa subiu 1,31%, aos 65.709 pontos.

Na semana, a bolsa subiu 0,47%. O volume financeiro somou R$ 6,66 bilhões.

O cenário de aversão a risco no exterior melhorou diante da recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional e com a perspectiva para a eleição presidencial na França indicando maiores chances de vitória do candidato que tem a preferência dos mercados.

Os eleitores franceses vão às urnas domingo e pesquisas indicam que Emmanuel Macron ampliou a vantagem contra a adversária de extrema-direita, Marine Le Pen. Macron tem a preferência dos mercados, uma vez que Le Pen colocaria em risco a permanência do país na União Europeia.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em máxima recorde amparado nos ganhos no setor de energia e nos dados do mercado de trabalho norte-americano. A economia dos EUA criou 211 mil vagas fora do setor agrícola em abril, acima da média mensal de 185 mil para este ano e a taxa de desemprego caiu para 4,4%, menor nível desde maio de 2007.

Localmente, o cenário político continua no radar, diante de receios sobre o processo de negociações para aprovação da reforma da Previdência, que poderia levar a mais mudanças na proposta para que o governo consiga os votos necessários para passar a medida no plenário da Câmara dos Deputados.

Destaques

Petrobras PN subiu 4,49% e Petrobras ON teve ganhos de 5,33%, acompanhando a recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional, que subiram após dados positivos do mercado de trabalho nos EUA e por garantias da Arábia Saudita de que a Rússia está pronta para se juntar à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estender os cortes de produção e reduzir o excedente do produto.

Vale PNA ganhou 2,05% e Vale ON teve alta de 2,76% cada, buscando uma melhora após as fortes perdas recentes, apesar de nova queda nos contratos futuros do minério de ferro na China. Nos dois pregões anteriores, as ações preferenciais da mineradora acumularam perdas de quase 9%.

CSN ON subiu 4,52%, Usiminas PNA avançou 3,98%, também em movimento de ajuste, após as fortes perdas recentes motivadas pela queda das commodities na China. Gerdau PN, que teve as perdas mais contidas na véspera, fechou em baixa de 0,32%.

BR Malls ON subiu 5,58%, ampliando os ganhos perto do fechamento dos negócios e liderando os ganhos do Ibovespa, após a Agência Estado noticiar que a administradora de shopping centers contratou bancos para uma oferta subsequente de ações de R$ 1,5 bilhão.

Santander Unit avançou 5,07%, entre as maiores altas do índice, após acumular queda de 6,24% nos dois pregões anteriores.

Itausa PN valorizou-se 2,77%, tendo no radar os números do primeiro trimestre, que mostraram lucro líquido consolidado de R$ 1,916 bilhão, queda de 1,7% ante igual período do ano passado.

Magazine Luiza ON, que não faz parte do Ibovespa, avançou 14,1%, e fechou na maior cotação histórica após reportar aumento superior a 1.000% no lucro líquido do primeiro trimestre. Analistas no BTG Pactual afirmaram que os números do período ficaram acima das estimativas já otimistas do banco e elevaram o preço-alvo da ação para R$ 249 ante R$ 208. No melhor momento do dia, as ações da varejista subiram pouco mais de 20%, a R$ 273, máxima intradia histórica.