Economia
Bovespa opera em leve alta nesta terça; Azul estreia em alta de 8%
Na véspera, o Ibovespa subiu 0,09%, a 64.649 pontos, após acumular queda de 0,6% na semana passada
Às 15h15, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de São Paulo, caia 0,01%, a 64.644 pontos.
As ações da Vale,da Petrobras e da Ambev estavam entre as principais pressões de queda.
Fora do Ibovespa, o destaque de alta era a Gol, que subia mais de 6%, em meio à notícia de que o governo decidiu acabar com o limite à participação de capital estrangeiro nas companhias do setor. Hoje, o teto para capital externo com direito a voto está em 20%.
A Azul, terceira maior aérea do país estreou nesta sessão na bolsa e era negociada a R$ 22,53, alta de 7,29% ante o preço da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa, de R$ 21. Mais cedo chegou a disparar mais de 8%.
Cenário local e externoSegundo a agência reuters, a sessão era influenciada ainda por ajustes de posições para os vencimentos de opções do Ibovespa e do índice futuro, na quarta-feira, o que também favorecia alguma volatilidade.
No exterior, a situação entre Estados Unidos e Síria e seus desdobramentos segue no radar, além de receios com relação à Coreia do Norte, após a mídia estatal do país alertar para um ataque nuclear contra os EUA em caso de provocação.
Localmente, seguem as negociações para a reforma da Previdência, com o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reunindo-se pela manhã com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados e com membros da Comissão Especial da Reforma da Previdência.
Além disso, o mercado aguarda a reunião de política monetária do Banco Central que define o rumo da taxa básica de juros na quarta-feira.
Na véspera, o Ibovespa subiu 0,09%, a 64.649 pontos, após acumular queda de 0,6% na semana passada.
Azul estreia em altaA companhia aérea Azul estreou em alta na Bovespa. A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) foi precificada na véspera a R$ 21 o papel, movimentando R$ 2,02 bilhões, sendo R$ 1,32 bilhão em recursos novos que vão para o caixa da empresa.
Na abertura do pregão, a ação da Azul era negociada a R$ 21,81 e, às 11h20 o papel tinha alta de 8,43%, a R$ 22,77.
O presidente da Azul, Antonoaldo Neves, afirmou a jornalistas que o "IPO deixa a gente forte para enfrentar os desafios do dia a dia" e que a operação "demonstrou a confiança dos investidores na retomada da economia (...) e na superação da maior crise que o país já viveu".
A empresa disse que pretende usar os recursos da oferta primária para liquidar ou amortizar dívidas e reforçar de capital de giro. A Azul terminou 2016 com R$ 1,79 bilhão em disponibilidade de caixa e dívida de R$ 4 bilhões.
Retomada de IPOsCom a Azul, já são 3 IPOs no ano – igualando o número de aberturas de capital registrado nos últimos 3 anos. Somados, as aberturas de capital da Azul, da locadora de veículos Movida (R$ 600 milhões) e da rede de laboratórios médicos Hermes Pardini (R$ 877 milhões) movimentaram R$ 3,49 bilhões este ano.
O número ainda está longe da marca de R$ 17,29 bilhões registrada em 2013 ou do recorde de R$ 55,6 bilhões movimentados em 2007, quando foram registrados 64 IPOs, mas a expectativa do mercado é que ao menos outras 3 ofertas iniciais de ações ocorram até o final do ano, podendo movimentar mais de R$ 6 bilhões, em meio à perspectiva de retomada da economia e queda gradual dos juros.
De 2014 a 2016, apenas três IPOs foram feitos no Brasil (Ourofino, Par Corretora e Alliar) em meio à maré baixa da economia, enquanto 25 empresas saíram do mercado de ações. Os registros de cancelamento, chamados de ofertas públicas de aquisição (OPAs), bateram recorde em 2016. Foram 13, entre eles os da Arteris, Banco Sofisa, Alpargatas e Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul.
A oferta de ações na bolsa de valores é um dos caminhos das empresas para se capitalizarem e conseguirem financiar sua expansão ou pegar recursos para pagar dívidas mais caras, por exemplo. Na prática, os sócios cedem uma parte da empresa a investidores em troca de capital.
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