Economia

Salário mínimo deve ser R$ 979 em 2018

Valor foi anunciado durante apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias

Por Correio Braziliense 07/04/2017 19h57
Salário mínimo deve ser R$ 979 em 2018
Reprodução - Foto: Assessoria
O salário mínimo de 2018, o último da gestão de Michel Temer, será de R$ 979, com aumento de 4,48% ou R$ 42 ante os R$ 937 de 2017, praticamente a inflação prevista pela equipe econômica, de 4,5%. Esse valor constará no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que deve ser enviado pelo governo ao Congresso até 15 de abril.   Os R$ 979, a princípio, não preveem aumento real para o piso salarial, pois, em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,6%. Pela legislação em vigor, a correção do salário mínimo conjuga a inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes.   Para 2019, quando um novo governo já estará empossado, a previsão é de que o salário mínimo chegue a R$ 1.029, com alta de 5,11% ou de R$ 50. Em 2020, o piso salarial passará para R$ 1.103, com correção de 7,19% (R$ 74). Vale ressaltar que esses números são preliminares e podem ser mudados quando a PLDO for mandada para o Congresso.   O governo diz que está sendo muito realista em relação às projeções, de forma que se tenha confiança nos números apresentados. Para chegar aos valores do mínimo, a equipe econômica está usando projeções de inflação e de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) muito próximas das dos mercados.   No ano que vem, estima o governo, a inflação deve ser de 4,5% e o crescimento do PIB deve ficar em 2,5%. Para 2019, a projeção de inflação é de 4,5% e a do PIB, de avanço de 2,5%. Já em 2020, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenderá a ficar em 4,5, com a economia crescendo 2,6%.   São números bem críveis, diz o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira. As projeções do governo mostram que a recuperação da economia será mais lenta que o desejado. A recessão, ressalta Dyogo, fez um estrago no caixa das empresas, que acumulam pesados prejuízos. Isso diminuiu muito a arrecadação de impostos.