Economia
Eletrobras tem prejuízo de R$ 6,26 bi no 4º tri, mas fecha 2016 com lucro
No consolidado de 2016, estatal registrou lucro líquido de R$ 3,43 bilhões, o primeiro resultado anual positivo após quatro anos de prejuízos
No ano, entretanto. a elétrica totalizou um lucro líquido de R$ 3,43 bilhões, revertendo um prejuízo líquido de R$ 14,4 bilhões em 2015. Trata-se também do primeiro resultado anual positivo após quatro anos de prejuízos (2012 a 2015).
Desde 2012, a Eletrobras somava mais de R$ 30 bilhões em perdas, após uma renovação de contratos com tarifas mais baixas em meio a um pacote de medidas do governo Dilma Rousseff para baixar as contas de luz no país.
Os resultados foram afetados por ajustes contábeis de R$ 2,71 bilhões no último trimestre do ano passado. Somente no setor de transmissão as baixas somaram R$ 2,89 bilhões, sendo compensadas por pequenos ajustes positivos em outros setores da empresa.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 4,78 bilhões, ante R$ 8,47 bilhões negativos no último trimestre de 2015.
Já a dívida líquida subiu para R$ 23,4 bilhões no final de 2016 ante R$ 17 bilhões no término de 2015.
Provisões para perdasA Eletrobras registrou provisões bilionárias no trimestre, com R$ 1,48 bilhão para perdas em investimentos, R$ 1,2 bilhão para contingência, R$ 1 bilhão para contratos onerosos e R$ 742 milhões para cobrir uma possível suspensão de repasses do fundo setorial Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) à companhia.
No ano, ainda impactaram a estatal baixas contábeis referentes à usina nuclear de Angra 3, que somaram R$ 4,2 bilhões, e perdas de R$ 7 bilhões nas distribuidoras de energia do grupo, com destaque para prejuízo de 5 bilhões da Amazonas Energia.
A Eletrobras ainda apontou em 2016 achados de investigações de corrupção que somaram R$ 302 milhões em custos brutos para a companhia, dos quais R$ 158 milhões foram reconhecidos no resultado.
A estatal disse que as perdas provisionadas para investimentos foram decorrentes de ajustes contábeis aplicados sob a ótica do investidor em projetos como o linhão de Belo Monte, no qual a companhia é sócia da State Grid, além de Sinop, Manaus Transmissora e Norte Brasil Transmissora.
Venda de ativosA estatal pretende levantar cerca de R$ 5,5 bilhões com vendas de ativos até o final de 2017. A Eletrobras já conseguiu R$ 1,07 bilhão com a privatização da distribuidora goiana Celg-D. O restante viria da venda de imóveis, como terrenos e prédios administrativos, e participações acionárias em usinas e linhas de energia.
O Plano de Negócios da Eletrobras para o período de 2017 a 2021 prevê investimentos de R$ 35,8 bilhões, valor 29% menor do que o plano anterior (2015 a 2019), em meio a uma estratégia da companhia para se reerguer após anos de prejuízos bilionários.
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