Economia
Ministro diz que irregularidades em frigoríficos não colocam em risco a saúde
Blairo Maggi explicou que há anormalidades como amido além do limite permitido
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira (27) que apesar da interdição de mais duas unidades frigoríficas alvos da Operação Carne Fraca, as irregularidades encontradas até agora não colocam em risco a saúde humana. Ele deu alguns exemplos:
— Na utilização de amido, por exemplo, quando vai fazer salsicha. É permitido o uso de 3% de amido. Nós fizemos testes e detectamos 4%, até 7%. Detectamos uso de amido além da conta. Não está de acordo com as normas, mas não faz mal para a saúde. Em uma das plantas, na parte de ração animal. Alguns produtos estavam com a data vencida. Não podem ser utilizados.
O ministério explicou que recolheu produtos para atestar a qualidade dos produtos nas unidades que estão sob investigação e se houver qualidade, os produtos podem voltar para as prateleiras. O ministro explicou que esse recolhimento não é um recall.
O ministro falou em coletiva de imprensa em Brasília.
— Das 21 plantas citadas na operação, recolhemos 174 amostras em 22 estados da federação.
A pasta explicou ainda que nos Estados onde há plantas interditadas, Paraná e Goiás, será feita uma invervenção para fazer uma varredura nos processos de fiscalização do ministério.
— Tanto no Paraná como em Goiás iremos fazer uma intervenção, iremos nomear um interventor para que uma pessoa isenta, de fora, possa fazer uma varredura. Já falei que é possível que nas superintendências haja brigas políticas, por isso que iremos fazer intervenções nos dois Estados.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou nesta segunda a interdição de mais duas unidades frigoríficas alvos da Operação Carne Fraca, os laticínios SSPMA, em Sapopemba, Souza Ramos, em Colombo, e Transmeat, em Balsa Nova, todos no Paraná.
Os três frigoríficos estão entre os 21 investigados na operação da Polícia Federal, deflagrada no dia 17 de março para apurar suspeitas de irregularidades na produção de carne processada e derivados, bem como na fiscalização do setor.
Outras três unidades já haviam sido interditadas pelo ministério no dia 17. As unidades da Peccin Agro Industrial em Curitiba (PR) e Jaraguá do Sul (SC), onde são produzidos embutidos (mortadela e salsicha), e da BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão, entre outras), em Mineiros (GO), onde é feito o abate de frangos.
No sábado, China, Egito e Chile anunciaram a reabertura de seus mercados para a importação de carne brasileira, movimentos que foram comemorados pelo governo brasileiro, que se mobilizou nos últimos dias para tentar diminuir o dano às exportações após o escândalo de propina envolvendo a fiscalização dos produtos no Brasil.
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