Economia

Bovespa fecha em alta nesta quarta puxada por Petrobras

Ibovespa encerrou o dia com avanço de 0,86%. Petrobras subiu mais de 5%

Por G1 22/03/2017 18h55
Bovespa fecha em alta nesta quarta puxada por Petrobras
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira (22), impulsionado pelo avanço dos papeis da Petrobras e com investidores adotando cautela com o cenário externo e com a política local.

O Ibovespa avançou 0,86%, a 63.521 pontos.

Apesar do movimento de alta no pregão de hoje, os investidores consideram que esse movimento é uma correção de preços. “O mercado deve continuar volátil e tecnicamente há indicações de que, no curto prazo, a tendência pode ser de baixa”, disse ao "Valor Econômico" Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.

Destaques do dia

As ações preferenciais da Petrobras subiram 5,08% e os papéis ordinários tiveram alta de 3,28%, após divulgação de balanço com lucro de R$ 2,5 bilhões no 4º trimestre e números mostrando melhora no desempenho operacional no ano passado, com forte redução do endividamento da empresa, ainda que permaneça a maior dívida da indústria de petróleo global.

As ações da Vale também fecharam em alta. Os papéis PNA subiram 1,23% e as ações ordinárias tiveram alta de 1,24%, recuperando parte das fortes perdas da véspera quando as ações preferenciais tiveram o maior recuo em quase nove meses.

JBS fechou em alta de mais de 1% e BRF recuou 0,75%, ainda repercutindo os impactos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, conforme países seguem anunciando restrições a importações de carne brasileira.

Cenário local e externo

O noticiário político concentra as atenções em meio à espera pelo avanço da reforma da Previdência. Na véspera, o presidente Michel Temer anunciou que somente os servidores públicos federais serão atingidos pelas mudanças na proposta, deixando de fora servidores estaduais e municípios, na tentativa de facilitar a tramitação da reforma no Congresso.

Segundo operadores, a ação tem impacto misto, sendo negativa por mostrar recuo do governo, mas aumentando as chances da aprovação da proposta.

No exterior, o modo de cautela vinha na esteira dos receios de que o presidente norte-americano, Donald Trump, pode ter mais dificuldades que o previsto para conseguir cumprir suas promessas de campanha, como cortes de impostos.