Economia

Mais quatro aeroportos vão a leilão nesta quinta-feira no país

Leilão é 1º grande teste do programa de concessões do governo Temer, que espera propostas para os quatro aeroportos

Por G1 16/03/2017 08h52
Mais quatro aeroportos vão a leilão nesta quinta-feira no país
Reprodução - Foto: Assessoria

O programa de concessões do governo Michel Temer tem nesta quinta-feira (16) o seu primeiro grande teste com o leilão dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre. O leilão começa às 10h30 na sede da BM&FBovespa, em São Paulo.

Juntos, os quatro aeroportos devem receber R$ 6,613 bilhões em investimentos. Entre as obras que os concessionários terão que fazer estão reformas e ampliações de terminais de passageiros.

O prazo para a entrega das propostas terminou na segunda-feira (13) e, segundo a agência Reuters, pelos menos três grupos entregaram: a francesa Vinci Airports, a suíça Zurich e a alemã Fraport.

No leilão dos aeroportos de Galeão e Confins, 5 consórcios participaram da disputa. Já no leilão de Guarulhos, Brasília e Campinas, foram 11.

Este leilão tem algumas diferenças em relação aos anteriores. A maior delas é que os grupos vencedores não serão obrigados a ter a Infraero como sócia nas concessões.

Outra diferença é que estes leilões ocorrem em meio à crise econômica e política, que ainda deixa desconfiados os investidores estrangeiros. Apesar disso, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse que o governo está confiante no sucesso do leilão.

"Nós apresentamos uma modelagem em resposta a exigências do mercado, retiramos a participação da Infraero, vamos fazer uma concessão pura e o cronograma de desembolso para investimento é aderente ao momento econômico que a gente passa", disse Quintella ao G1.

Apesar da postura otimista, o governo admite que a disputa pelos quatro aeroportos não será tão alta quanto nos leilões anteriores. Isso significa que não vão se repetir os altos ágios e a arrecadação com as propostas dos grupos será mais baixa agora.

Além da economia, a baixa competição também é reflexo da crise enfrentada pelas grandes empreiteiras do país, alvos da Lava Jato. Protagonistas nos leilões anteriores, dessa vez essas empresas estarão ausentes.