Economia

Inflação oficial desacelera e é a mais baixa para fevereiro desde 2000

IPCA passou de 0,38% para 0,33%, segundo o IBGE. Em 12 meses, índice ficou em 4,76%, mais próximo à meta de inflação do BC.

Por G1 10/03/2017 09h49
Inflação oficial desacelera e é a mais baixa para fevereiro desde 2000
Reprodução - Foto: Assessoria

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu força de janeiro para fevereiro, passando de 0,38% para 0,33%, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). Essa taxa é a mais baixa para o mês desde 2000, quando chegou a 0,13%.

Em 12 meses, o IPCA desacelerou para 4,76%, ficando mais próximo da meta de inflação do Banco Central, de 4,5%. Segundo o IBGE, em janeiro, para o mesmo período, o índice havia ficado em 5,35%.

Em fevereiro, quem impediu que o índice ficasse ainda mais baixo foi o grupo de gastos com educação, cuja variação subiu de 0,29% para 5,04%, representando 70% do IPCA. A maior pressão partiu dos reajustes praticados no início de cada ano. As mensalidades dos cursos regulares, por exemplo, subiram 6,99%.

Os transportes também contribuíram com o resultado do IPCA deste mês. O índice passou de 0,77% para 0,24%, influenciado pelo preço das passagens aéreas, que exerceram o maior impacto individual sobre a inflação oficial ao cair 12,29%.

Os preços dos alimentos, que vinham subindo, também começaram a cair. De uma alta de 0,35%, o grupo foi para uma queda de 0,45%. Esse foi o menor resultado desde julho de 2010. Considerando apenas os meses de fevereiro, esta é a queda mais intensa desde o início do plano Real (1994). Vários alimentos ficaram mais baratos em fevereiro, como feijão-carioca (-14,22%) e frango inteiro (-3,83%).

Com pesos menores na composição do índice estão vestuário, de -0,36% para -0,13%, e comunicação, de 0,63% para 0,66%.

Região

O IPCA mais elevado partiu da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,68%), puxado pela alta de quase 10% dos cursos regulares. Na outra ponta, está Goiânia , cujo índice recuou 0,39%, reflexo da queda de 4,24% dos combustíveis.