Economia

Dólar fecha a R$ 3,15, na menor cotação desde outubro

Moeda dos EUA caiu 0,89%, vendido a R$ 3,152. Na mínima da sessão chegou a R$ 3,14

Por G1 27/01/2017 16h49
Dólar fecha a R$ 3,15, na menor cotação desde outubro
Reprodução - Foto: Assessoria
O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (27), no patamar de R$ 3,15 e na menor cotaçãodesde outubro, após a divulgação de dados mais fracos sobre a economia norte-americana, que enfraqueceram um pouco as apostas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar os juros mais do que o esperado.

A moeda norte-americana caiu 0,89%, vendida a R$ 3,152 – menor cotação de fechamento desde 26 de outubro (R$ 3,1423). Na mínima da sessão, a divisa chegou a ser negociada a R$ 3,14.

O dólar marcou também sua sexta semana consecutiva de queda, com perda acumulada de 7%, segundo a Reuters.

No ano, a moeda acumula baixa de 3% frente ao real.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

 Às 9h09, queda de 0,13%, a R$ 3,1762Às 9h49, queda de 0,37%, a R$ 3,1687Às 10h30, queda de 0,5%, a R$ 3,1643Às 11h20, queda de 0,42%, a R$ 3,1670Às 11h49, queda de 0,66%, a R$ 3,1595Às 12h30, queda de 0,88%, a R$ 3,1525Às 13h19, queda de 1%, a R$ 3,1487Às 14h29, queda de 0,84%, a R$ 3,1536Às 15h49, queda de 0,90%, a R$ 3,1518Às 16h40, queda de 0,85%, a R$ 3,1533

Segundo a Reuters, o viés de baixa da moeda norte-americana veio desde cedo, num movimento de ajuste após duas sessões de alguma elevação e diante de expectativas de ingresso de fluxo de recursos por conta de recentes captações de empresas.

A economia dos Estados Unidos avançou 1,9% no 4º trimestre de 2016, o menor crescimento desde 2011. O desempenho foi prejudicado pelas exportações de soja, mas os gastos estáveis do consumidor e o aumento do investimento empresarial sugerem que a economia continuará a crescer.

Com o dado mais fraco, a pressão na inflação tende a diminuir, reduzindo apostas de que o Fed possa elevar os juros ainda mais. Este cenário de mais juros começou a ser desenhado com a vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, com temores de que sua política econômica seja inflacionária, o que poderia levar o Fed a elevar mais os juros locais, atraindo para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

Cenário local

Internamente, a possibilidade de ingressos de recursos seguia no horizonte dos investidores, com a janela de captações aberta às empresas brasileiras, contribuiu para a manutenção do viés de baixa da moeda norte-americana.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente o lote de até 15 mil swaps tradicionais - equivalente à venda futura de dólares - para rolagem dos vencimentos dos contratos em fevereiro. Com este leilão, o BC já vendeu o equivalente a US$ 5,7 bilhões para rolar o total de US$ 6,431 bilhões que vence em fevereiro.