Economia

Dólar cai ante real, abaixo de R$ 3,25, com dados globais positivos

Na véspera, o dólar caiu 0,59% frente ao real, vendido a R$ 3,2624

Por G1 04/01/2017 15h39
Dólar cai ante real, abaixo de R$ 3,25, com dados globais positivos
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira (4), mantendo o movimento visto no pregão passado, com os investidores esperando pela ata da última reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, e reagindo aos indicadores mais positivos da economia global, segundo a Reuters.

Às 16h39, a moeda norte-americana caía 1,23%, vendida a R$ 3,2223.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, queda de 0,57%, a R$ 3,2435Às 9h50, queda de 0,79%, a R$ 3,2364Às 10h39, queda de 0,83%, a R$ 3,2353Às 11h50, queda de 0,88%, a R$ 3,2337Às 11h59, queda de 0,99%, a R$ 3,2298Às 12h19, queda de 1,02%, a R$ 3,2290Às 15h, queda de 1,46%, a R$ 3,2147

"A situação política interna deu uma acalmada em janeiro, sem novas delações. E o cenário internacional parece de mais otimismo", afirmou o presidente da Canepa Asset, Alexandre Póvoa, à Reuters. "O mercado voltou neste início de ano com mais apetite para o risco."

Cenário externo

No cenário internacional, o dólar também caía ante uma cesta de moedas, recuando da máxima de 14 anos.

Nos últimos dias, uma série de indicadores positivos mostrou que a economia global estava com desempenho melhor do que o esperado. Mais cedo, foi divulgado que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que atividade empresarial na zona do euro encerrou 2016 no ritmo mais rápido em cinco anos e meio.

Na véspera, o PMI também mostrou que a atividade industrial da China avançou mais do que o esperado em dezembro, com a produção alcançando a máxima em quase seis anos.

Os investidores também esperavam a ata da última reunião do Fed, em que elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizou ritmo mais rápido de altas em 2017. O documento será divulgado às 17h (horário de Brasília).

O mercado buscará mais sinalizações de como o banco central dos EUA deve se comportar no governo de Donald Trump, que assume a Presidência do país no próximo dia 20. O republicano prometeu aumentar gastos, o que pode obrigar o Fed a ser mais duro na política monetária. Juros mais altos no mercado norte-americano podem significar saída de capital de mercados mergentes, como o brasileiro.

Banco Central

O Banco Central brasileiro não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio, estando fora desde 13 de dezembro, segundo a Reuters. Na véspera, o dólar caiu 0,59% frente ao real, vendido a R$ 3,2624. Números positivos nas exportações no país fazem com que mais dólares entrem no país, ampliando a oferta de moeda e, consequentemente, reduzindo seu preço frente ao real.