Economia
Balança bate recorde e fecha 2016 com superávit de US$ 47,7 bilhões
No ano passado, país exportou US$ 185,24 bilhões e importou US$ 137,55 bilhões
Antes de 2016, o maior superávit da balança comercial havia sido registrado em 2006, quando as exportações superaram as importações em US$ 46,45 bilhões.
Exportações e importações caíram
Apesar o saldo recorde, em 2016 as exportações brasileiras caíram 3,18% na comparação com 2015, quando somaram US$ 191,13 bilhões. O superávit só foi possível porque as importações caíram ainda mais: 19,78%, de US$ 171,45 bilhões em 2015 para US$ 137,55 bilhões em 2016.
Quando se considera a média diária, as exportações caíram 3,5%, de US$ 764 milhões para US$ 738 milhões, e as importações caíram 20,1%, de US$ 685 milhões para US$ 548 milhões.
O tombo nas importações se deve principalmente à crise econômica brasileira, que levou à redução da demanda por produtos e serviços produzidos lá fora. O dólar, que se manteve em um valor relativamente alto ao longo de 2016 e encareceu os importados, também contribuiu para essa queda.
O superávit de 2016 superou as expectativas do mercado financeiro. Analistas ouvidos pelo Banco Central previam um saldo positivo de US$ 47,1 bilhões para a balança. O resultado, no entanto, ficou dentro da margem prevista pelo Ministério da Indústria, que estimava superávit de US$ 45 bilhões a US$ 50 bilhões.
Dezembro
Apenas no mês de dezembro, a balança comercial teve superávit de US$ 4,42 bilhões, resultado de exportações que somaram US$ 15,94 bilhões e de importações que atingiram US$ 11,52 bilhões. O saldo comercial é 29,2% menor do que o obtido em dezembro de 2015, quando o superávit comercial somou US$ 6,24 bilhões.
Na comparação com dezembro de 2015, quando as exportações brasileiras somaram US$ 16,78 bilhões, o volume total de exportações no mês passado caiu 5%. Já as importações aumentaram 9,31%, de US$ 10,54 bilhões para US$ 11,52 bilhões.
Conta petróleo
De acordo com o secretário de Comércio Exterior do ministério, Abrão Neto, pela primeira vez na história as exportações brasileiras de petróleos e derivados superou as importações. O saldo da chamada conta petróleo foi um superávit de US$ 410 milhões. Em 2015, a conta petróleo havia registrado um déficit de US$ 5,73 bilhões.
Segundo o secretário, esse saldo histórico decorreu de três fatores: baixo preço do petróleo no mercado internacional, aumento das exportações brasileiras de petróleo e derivados e queda nas importações de petróleo por causa da baixa atividade econômica registrada em 2016.
“O superávit da conta petróleo de 2016 é um superávit conjuntural e não estrutural. No que se pese o aumento da produção brasileira, a tendência no curto e médio prazo é que o Brasil continue como um importador líquido de petróleo e derivados”, afirmou.
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