Economia
Dólar opera quase estável nesta 5ª, com poucos negócios e sem ação do BC
Nos EUA, mercados estão fechados devido ao feriado de Ação de Graças
O dólar passou a operar perto da estabilidade nesta quinta-feira (24), em dia de poucos negócios devido ao feriado de Ação de Graças, que mantém os mercados financeiros fechados nos Estados Unidos. O dia também é marcado novamente pela ausência de interferência do Banco Central brasileiro no câmbio.
Às 15h29, a moeda subia 0,18%, vendida a R$ 3,4000.
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Às 9h10, queda de 0,08%, a R$ 3,3910 Às 10h40, alta de 0,35%, a R$ 3,4061 Às 11h39, alta de 0,23%, a R$ 3,4021 Às 13h19, queda de 0,15%, a R$ 3,3888 Às 14h29, queda de 0,01%, a R$ 3,3935
Assim como no dia anterior, o Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio brasileiro.
"Na ausência de novidades e com os Estados Unidos fechados, é natural ter correção para os emergentes, mesmo com o silêncio do BC", comentou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado, à Reuters.
Segundo a agência, com as praças financeiras norte-americanas fechadas, a tendência é de que o volume de operações fique restrito, com investidores evitando fazer negócios sem a principal referência. No exterior, o dólar também oscilava entre leves altas e baixas sobre moedas de países emergentes.
Cenário externo
Os mercados têm enfrentado momentos de turbulências após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, que alimentou aversão ao risco com temores de que sua política econômica pode ser inflacionária e pressionar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros na maior economia do mundo.
Juros mais altos nos EUA motivariam uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real, pois o país atrairia recursos aplicados atualmente em outros mercados.
Banco Central
Diante das incertezas após a vitória de Trump, o BC brasileiro chegou a atuar fortemente no mercado de câmbio mas, como nos últimos dias houve mais calmaria, interrompeu sua interferência.
"Ele (BC) fez o que queria, que era acabar com a especulação com o swap tradicional de dezembro e, a não ser que haja excesso de e estresse de alta, ele não deve antecipar a rolagem de janeiro", acredita Machado.
Nesta semana, o BC concluiu a rolagem dos swaps tradicionais - que equivalem à venda futura de dólares - que vencem em 1º de dezembro.
Cenário interno
No médio prazo, um importante fator para o mercado de câmbio pode surgir, destaca a Reuters. Na noite de quarta-feira (24), o Senado aprovou novo programa de regularização de ativos no exterior e o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), estimou que a arrecadação com o novo projeto ficará entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.
O mercado monitora ainda o cenário político. A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quinta um requerimento para tramitação em regime de urgência do projeto que estabelece medidas contra a corrupção.Último fechamento
O dólar fechou em alta de mais de 1% nesta quarta-feira (23), se aproximando do patamar de R$ 3,40, em meio ao aumento da percepção de elevação de juros nos Estados Unidos e com a ausência do Banco Central brasileiro no mercado cambial. A moeda norte-americana avançou 1,12%, a R$ 3,394, após ter batido em R$ 3,4120 na máxima do dia.
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