Economia

Dólar fecha praticamente estável nesta quinta, a R$ 3,39

Dólar variou pouco ante real em dia de baixa liquidez e sem BC

Por G1 24/11/2016 18h36
Dólar fecha praticamente estável nesta quinta, a R$ 3,39
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar fechou praticamente estável nesta quinta-feira (24), em dia de poucos negócios devido ao feriado de Ação de Graças, que mantém os mercados financeiros fechados nos Estados Unidos. O dia também foi marcado novamente pela ausência de interferência do Banco Central brasileiro no câmbio.

A moeda recuou 0,003%, vendida a R$ 3,3939, após ter fechado na véspera a R$ 3,394.

Durante a sessão, o dólar variou pouco, marcando R$ 3,3834 na mínima do dia e R$ 3,4121 na máxima, segundo a Reuters.

Acompanhe a cotação ao longo do dia

Às 9h10, queda de 0,08%, a R$ 3,3910 Às 10h40, alta de 0,35%, a R$ 3,4061 Às 11h39, alta de 0,23%, a R$ 3,4021 Às 13h19, queda de 0,15%, a R$ 3,3888 Às 14h29, queda de 0,01%, a R$ 3,3935Às 15h29, alta de 0,18%, a R$ 3,40Às 16h47, queda de 0,03%, a R$ 3,393

Assim como no dia anterior, o Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio brasileiro.

"Na ausência de novidades e com os Estados Unidos fechados, é natural ter correção para os emergentes, mesmo com o silêncio do BC", comentou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado, à Reuters.

Segundo a agência, com as praças financeiras norte-americanas fechadas, a tendência é de que o volume de operações fique restrito, com investidores evitando fazer negócios sem a principal referência. No exterior, o dólar também oscilava entre leves altas e baixas sobre moedas de países emergentes.

Cenário externo

Os mercados têm enfrentado momentos de turbulências após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, que alimentou aversão ao risco com temores de que sua política econômica pode ser inflacionária e pressionar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros na maior economia do mundo.

Juros mais altos nos EUA motivariam uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real, pois o país atrairia recursos aplicados atualmente em outros mercados.

Banco Central

Diante das incertezas após a vitória de Trump, o BC brasileiro chegou a atuar fortemente no mercado de câmbio mas, como nos últimos dias houve mais calmaria, interrompeu sua interferência.

"Ele (BC) fez o que queria, que era acabar com a especulação com o swap tradicional de dezembro e, a não ser que haja excesso de e estresse de alta, ele não deve antecipar a rolagem de janeiro", acredita Machado.

Nesta semana, o BC concluiu a rolagem dos swaps tradicionais - que equivalem à venda futura de dólares - que vencem em 1º de dezembro.

Cenário interno

No médio prazo, um importante fator para o mercado de câmbio pode surgir, destaca a Reuters. Na noite de quarta-feira (24), o Senado aprovou novo programa de regularização de ativos no exterior e o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), estimou que a arrecadação com o novo projeto ficará entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.

O mercado monitorava ainda o cenário político, após a presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter adiado a votação do pacote de medidas contra a corrupção após polêmica.