Economia
Dólar recua nesta quinta-feira e chega a ser cotado abaixo de R$ 3,40
Na véspera, o dólar interrompeu a sequência de quatro altas seguidas
O dólar opera em queda em relação ao real nesta quinta-feira (17),com o mercado atento às intervenções do Banco Central no câmbio. Mas o recuo perdeu força após o discurso da chefe do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Janet Yellen afirmou que os juros no país podem subir "relativamente em breve" se os dados econômicos continuarem indicando melhora do mercado de trabalho e inflação em alta.
Às 16h29, a moeda norte-americana recuava 0,02%, cotada a R$ 3,421.
Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h09, queda de 0,25%, a R$ 3,4131 Às 9h29, queda de 0,73%, a R$ 3,3966 Às 9h59, queda de 0,75%, a R$ 3,3960 Às 10h39, queda de 0,37%, a R$ 3,409 As 11h09, queda de 0,2%, a R$ 3,4148 Às 11h39, queda de 0,25%, a R$ 3,412 Às 12h59, queda de 0,83%, a R$ 3,393Às 14h39, queda de 0,62%, a R$ 3,4005 Às 15h29, queda de 0,26%, a R$ 3,4129
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas poderiam atrair para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.
Intervenção do Banco Central
"O dólar ainda conseguiu sustentar mais tempo a baixa porque o BC está agindo certinho", comentou à Reuters um operador-sênior de uma corretora nacional.
Pela manhã, o dólar chegou a marcar 1%o de queda frente ao real influenciado pelos leilões de swap tradicional, equivalente à venda futura de dólares, pelo BC.
"O BC entrou pesado ontem e avisou que repetiria o movimento hoje", comentou também à Reuters o operador da Ouro Minas Corretora, Maurício Gaioti. "Mas o mercado está respeitando o nível de R$ 3,40 e, quando vai abaixo, atrai compradores", completou ao justificar o movimento acima das mínimas ao longo da manhã.
O BC vendeu nesta manhã todos os 10 mil novos contratos de swap tradicional e também todos os 20 mil para rolagem dos swaps que vencem em 1º de dezembro.
Entre os dias 9 e 14 deste mês, o dólar saltou quase 9% sobre o real com forte onda de aversão ao risco após a eleição de Donald Trump. Investidores acreditam que a sua política econômica pode ser inflacionária, o que pressionaria o Fed a elevar ainda mais os juros, aumentando a possibilidade de atrair recursos aplicados hoje em outros mercados, como o brasileiro.
Último fechamento
Na véspera, o dólar interrompeu a sequência de quatro altas seguidas e fechou em queda, mas ainda acima do patamar de R$ 3,40, em meio a maior atuação do Banco Central no câmbio para tentar conter a volatilidade da moeda norte-americana após a incerteza global provocada pela vitória Trump.
A moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 0,56%, vendida a R$ 3,4217, após ter acumulado alta de 8,63% nas últimas quatro sessões.
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